A carta de Maria
Maria era uma mulher independente e bem-sucedida. Formada em ciências sociais, dedicara sua vida à pesquisa e ao ensino, publicando livros e artigos sobre temas variados, desde política até cultura. Casara-se duas vezes. Destas uniões resultaram três filhos, que lhe deram cinco netos. Aos 55 anos, sentia-se realizada e feliz com sua trajetória. De repente a sua realidade mudou. Foi quando Pedro, um jovem jornalista de 40 anos que trabalhava como correspondente internacional na África, apareceu na sua vida. Eles se encontraram em uma conferência em Lisboa, onde Maria fora convidada a palestrar. Foi amor à primeira vista. Pedro era charmoso, inteligente e aventureiro. Maria se sentiu atraída por sua energia e seu espírito livre. Nunca sentira nada igual. Seus primeiros maridos tinham sido encantadores, bons companheiros, bons amigos. Mas além de um certo período de paixão, aquele arrepio na espinha tinha dado lugar a um bom companheirismo. Mesmo sendo um romance à distância, com troca