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Mostrando postagens de outubro, 2015

Fui comprar tênis e saí de sapatos vermelhos

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Dia complicado.  Fim de mês. Auto estima em processo de reencontro. Mas bem no comecinho, saca? Mais prá menos que prá mais.  Junta burocracia e um monte de coisas para fazer. Justo aquelas que a gente detesta.  Resumo dos meus últimos dias.  Juro que estou tentando. Tentando focar. Tentando me organizar. Tentando não ser paranoica e achar que (quase) tudo está dando errado.  E o pior!!!! Já passei da menopausa há muitos anos. Então nem sobre ela posso julgar a culpa. Não há chocolate que passe. Ao contrário, só vai aumentar o peso. Pois foi nesse dia, depois de um chá de banco em um Banco, que fui comprar um par de tênis.   Não que eu seja lá muito esportiva. Mas amo tênis sem cara de tênis. De velcro. Preto. O meu está caindo aos pedaços e quem disse que desapego. Não. Não mesmo. Pelo menos até achar outro. Mas não é todo dia que passo (a pé) por aquela loja. Sempre tive vontade de vasculhar o que tinha por ali. Sempre pensando no tênis. Preto. De velcro. Não tin

Cultura do OU - o caminho é agora

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Verdades e certezas absolutas. Estou fora.  A gente constrói nossas vidas em escolhas e esbarramos em encruzilhadas. Ou isso ou aquilo. E muitas vezes temos que optar. Algumas decisões são difíceis, complicadas. Mas delas é feita nossa vida. Para nos amparar vamos construindo uma rede de certezas. Algumas nos servem agora. Ou nos serviram no passado. É bom ter convicções. Mas para mim cristalizá-las, mantê-las congeladas como verdades absolutas cheira a sectarismo. Nunca gostei de gurus. Nunca acreditei que devo seguir cegamente algo porque alguém assim pensou alguma vez. Por mais sagrado, inteligente e respeitado seja o texto.  Não acredito em dogmas. Não sei porque algo tenha que ser isso OU aquilo sempre. Porque não pode ser isso E aquilo. Ser cristão e marxista. Acreditar em meritocracia e cotas. Também vale para o contrário. Aceitar algo do espiritismo, mas não tudo. Vale para qualquer religião. Estar aberto à outras verdades. Ser gremista e não anti colorado. Ter ami

O que faz você parar e pensar: “Uau!”

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Essa pergunta, tipo indagação daquelas que entra dentro da gente, meio sem modos, feito vizinha fofoqueira, me pegou de cheio. Como assim o que me faz parar e pensar: UAU! UAU é o aportuguesamento de WOW! Que deve vir de wonderful. Wonder, mal traduzindo, é maravilha, milagre, encanto, espanto, enigma, assombro. Palavras que por si só dariam um poema. Mesmo que de pé quebrado. Maravilha que nasce alegre Transforma o agora em milagre Traz encanto Puro espanto Puro enigma n'alma Assombro que não acalma O que realmente me deixa nesse estado meio bobão? Tirando os óbvios sentimentos de generosidade, paz no mundo, dia de sol e orgasmo com amor, o que me faz parar e gritar UAU passa por:   Um livro magnifico que me arrebata e não me deixa parar até que eu chegue ao final Uma música que me leve sem que eu espere e vá num crescendo até explodir em um acorde final Uma saudade boa de alguém que já não posso ver Alguém querido saber o que quero dizer sem que eu precise d

Nós, Nozes, Nós

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C Salvador Dali Nós a gente desata. Nozes a gente consome. Nós é que aperta o calo. Quando tudo derrete ao sol, feito espuma de sabão, a vida vai se parecendo a um enigma mal resolvido. Um clichê barato que mal encaixa suas peças e logo transparece toda uma inconsistência que beira ao non sense . Talvez o tempo seja assim mesmo. Uma invenção absurda de quem tenta fazer sentido o que pouco tem. Para quem, por acaso, olhasse a Vida de um outro ponto de vista, tipo um avião, se possível fosse, talvez visse tudo como um imenso mundo que coexiste. Mas Nós, meros seres rastejantes, condenados à procura de substância, nós procuramos encaixes. Por eles nos consumimos. Por eles atamos nós. Por eles vivemos, sobrevivemos. Apesar deles, apesar da falta deles, na verdade. Apesar de. Sempre me resta a dúvida de que o roteiro talvez seja esse mesmo. Um dramalhão, uma opereta. Talvez nada faça muito sentido. E que nos reste apenas descobrir, nem que seja de muito leve, que a Vida paira

Frágil que dá dó - sou eu

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Frágil. Devo ter sido marcada no bico da cegonha como muito frágil. Tipo: cuidado para não quebrar. Estão rindo com a história da cegonha. Pois saibam que ela era moda no século em que nasci. Meu irmão foi inclusive no zoo falar com a própria para pedir um irmãozinho. Coitada, devia ser meio surda porque em vez do piá para jogar bola e brincar de soldado, acabou trazendo uma guria loirinha e de grandes olhos castanhos. E cheia de fragilidades. Mas nem eram essas fragilidades que as meninas aprendem a mostrar, nesse joguinho de gêneros. Essas coisas de frufru e cor de rosa nunca me pegaram. Gostava de princesas sim, mas as minhas histórias eu mudava o enredo para uma mocinha menos dependente.  Não, essa fragilidade que falo vem de uma percepção de mundo cheia de empatia. Uma capacidade de se colocar no lugar de outro (e sim, até dos que pensam diferente). Um defeito de fabricação que me faz meio torta, meio sem noção de comportamento.  Não, não sou rebelde. Pelo meno

Até porque SOMOS fodas

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Fodonas! Já disse que não sou. Pelo contrário. Sou até bem bobona . E essa coisa do ONA vem como rótulo quando a gente passa de certa idade. A não ser que sejamos uma Cláudia Raia da vida que passava dos 1,80 com tenra idade.  No começo somos inha. Bonitinha, gostosinha, queridinha. Depois passamos aos adjetivos simples: bonita, gostosa, querida. É quando a gente vira ONA que a coisa começa a pegar. Igual quando nos chamam de tia pela primeira vez na rua. Tia, me dá um troco? Como assim moleque, e eu lá sou tua parenta? ( e eu já usava parenta antes da presidenta, então nem vem com piadinha infame, ok). E o ONA....a gente posta uma foto nas redes sociais. E lá vem os cumprimentos de praxe: Tá bonitONA, ein? Pronto! De duas uma, ou estamos além dos quarenta ou estamos quilos acima dos modelos das semanas de moda. Ou o pior: os dois juntos!!!!! Lá vamos para o espelho olhar se as rugas estão aparecendo demais, se os pneus e culotes estão tão visíveis, se os terríveis cabelos b

Hoje só finjo ser boba #SQN

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Hoje só finjo ser boba  #SQN Confesso: sou boba sim. Sou ingênua, olho o mundo com jeito de Poliana . Tenho o incrível defeito de tentar enxergar o lado bom de tudo. Além de um capacidade empática que me faz entender o ponto de alheio. Às vezes ele se choca com o meu. Mas o meu lado bobona me faz meio desprotegida para ser fodona. Sabe aquele tipo que sou mais eu e o resto que se ferre? Pois é. Não sou assim. Para mim esse tipo ainda leva o nome de egoísmo por mais que as novas terapias e jeitos de ver o mundo o glorifiquem. Perante nós mesmo todos fingimos ser mais ingênuos do que somos: é deste modo que descansamos dos nossos semelhantes. Friedrich Nietzsche Mas e quando eu me flagro da bobice de ser boba, me desestabilizo. Desmorono. Talvez, um lado interno grita, seja melhor crescer e ver o mundo de maneira mais pragmática. É uma selva, está aí para que a gente encontre a melhor maneira de sobreviver. A nossa maneira. Não importa o quanto custe ao outro.

Buscando no passado

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Levei a sério a recomendação de não escrever com pressa. Aliás, ando em ritmo de slow way of life . Triste isso de se acostumar a falar expressões em inglês, mas fazer o que. Não dá para ter tanta xenofobia e sem apelar aos parcos conhecimentos da língua inglesa fico sem poder me comunicar na internet. E olhe que os meus conhecimentos se encolheram nos últimos anos. Tenho que aprimorá-los urgentemente  ! Mas prosseguindo, além das recomendações da amiga que cronometrava as minhas refeições, fui ler um livro que ela me emprestou chamado : Autocuraterapia: Transformação Homeostática pelo tratamento independente de Tomio Kikuchi. E deu um clique ! Sabe como é quando essas coisas estalam na cabeça da gente, a gente assimila não só com a cabeça, mas com a vontade. E desde daí (deve fazer uma semana) estou comendo super devagar, mastigando bem. Nos primeiros dias acharam que eu estava comendo demais. Agora já se acostumaram. E como toda transformação nunca vem sozinha, também estou ten