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Mostrando postagens de abril, 2015

Por obséquio, seja elegante no dia a dia

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Uma das coisas que mais me chamam a atenção no comportamento de uma pessoa é como ela trata todas as pessoas. Cotidianamente. Não apenas o chefe ou o cliente importante. Não o recém encanto  ou alguém que se quer conquistar. Quando falo de todos, estou falando do porteiro, do motorista, da recepcionista, do garçom. Do vizinho de porta e do tio ou tia mais velhos. Você pode estar vestido de grifes da cabeça aos pés, ter feito cursos de etiqueta ou se sentir o último ícone do estilo. Se isso não se refletir no seu comportamento com as pessoas, sinto lhe informar, mas você é extremamente deselegante. Admiro profundamente quem inicia um pedido com um por favor ou por obséquio. E não importa que se peça um favor realmente, ou se esteja dando uma ordem. O por favor abre portas, revela o quanto você valoriza a pessoa na sua frente. Um muito obrigado/a no final faz uma dupla fascinante. Isso que estou dizendo é meio óbvio. Nem deveria fazer parte de uma postagem. Sorrir e dizer bom dia a quem

Nome diferente. A dor e a delícia que é

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  Nome da gente. Tão importante que as empresas estão usando como estratégia de marketing e de aproximação. Banco do Fulano, latinha do Beltrano. E todos encantados com a personalização, deixando de ser um zé ninguém da multidão para ser um Alguém especificado. Todos? Não. Quem tem nome diferente não. Mas tem que ser diferente mesmo. Daqueles que as pessoas não sabem pronunciar. Que sempre te chama por algo vagamente semelhante. Tipo genérico, sabe. É quase isso. Mas não é.   Chamada da escola. Nunca acertaram. Colegas, amigos, clientes. Cartas. Nunca um Elenara. Normal. Simples. Não. Eram os EleOnOra, Elionara, Lenara, EleMara. Parece brincadeira já que hoje, olhando friamente, nem acho meu nome assim tão diferente. Mas ele não me representava, sei lá. Era estranho. Tão estranho que nunca gostava que me chamassem pelo nome. E paradoxalmente nunca tive apelidos. E consequentemente nunca chamo as pessoas pelo nome. Pelo menos não quando falo com elas. Nunca chamei amores pelos s

Qual a minha IPSEIDADE?

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Estava lendo uma crônica hoje. A do Carpinejar. Ele falava dele e do outro. O interno, o Fabrício. E das diferenças entre eles. Um forte e audaz. Outro tímido e sensível.  Me peguei pensando em quantas vezes o olhar dos outros sobre mim me causa estranheza. Essa Elenara de fora, essa que tantos louvam como forte e guerreira, tão exemplar e altaneira. Essa me é tão desconhecida tantas e tantas vezes.  Ah, se soubessem que atrás dela mora uma menina assustada e com medo das pessoas. Não confundam a que cria com a que se esconde. Tantas facetas me residem que nem sei direito qual delas na verdade sou eu.  Aquela tão frágil a que me apego para ter, talvez a desculpa, para então me refugiar no meu mundo interno. Do qual, aliás, essa Elenara nunca teve vontade de sair. Mas e as outras? As que vão em frente, apesar do medo. A que veste um salto alto e coloca um batom vermelho fingindo uma sedução que lhe é muito mais familiar de rosto limpo? A que é moleca e conta piad

Ausência de um tempo feliz

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Se há algo que ainda nos une como ser humanos é a certeza da finitude.  E dentro dessa perspectiva da morte, o que talvez mais nos abata seja a falta das pessoas que amamos. Não importa se em palácios de governo ou nas favelas mais pobres, perder alguém que nos importa, é facada no peito. É dor doída, é grito imenso. Há mortes e mortes. Há mortes que vem ao fim de uma longa vida. E aí todos vem em grupo dizendo: viveu bastante, né. E a gente concorda tentando se consolar. Como se vida fosse contada em anos ou tivesse uma métrica para mensurar a falta. Há mortes que vem mais cedo, mas são consequência de escolhas. Morreu fazendo o que gostava. Viveu 10 anos a mil. Também são desculpas que fazemos a nós mesmos. Talvez funcionem na nossa mente mais pragmática. A que tenta raciocinar. Embora o cérebro límbico, a humana paixão não se deixe enganar por elas. Há mortes sem sentido. Mortes de quem nem teve chance de escolher. Mortes por estar no local errado, na hora errada. Por ter nascido em