Uma semana, uma vida
Segunda feira de manhã Um corpo que voa no ar. Não fora estar na janela, assim meio a toa, não saberia o que de fato acontecera. Foi tudo muito rápido, mais que o seu olho conseguira acompanhar. Quando se deu por conta, o barulho do baque mostrou o garoto caído ao lado da quadra de esportes. Ele se levantou e deu uns passos antes que o horror se fizesse completo. Caiu de novo. Agora não fez barulho. Logo seria apenas estatística de suicidios de jovens na capital. Nunca conseguiu entender jovens que optam por acabar com a vida. Os velhos até podia entender. Solidão, decrepitude, doenças, falta de esperança. Tudo o oposto de quem nasce para a vida. Mas vá lá se saber o que passa na cabeça das pessoas. Ela também era jovem. Quase da mesma idade do garoto que voou da vida. Talvez ele fosse um dos olhava com mais interesse. Talvez fosse ser seu amigo. Seu namorado. E se fosse sua alma gêmea? Não, a vida não ia lhe pregar esta peça. Ainda muita coisa estava reserv