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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Na prática, a teoria é outra

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Perdida no tempo e no meio de objetivos e metas acabo por não administrar o tempo como deveria.  Deveria mesmo ?  Esses manuais do que se deveria fazer para: ser feliz, ter sucesso, emagrecer, etc, vendem receitinhas prontas que nunca dão um bolo que a gente imagina quando os pega.  Na verdade não existem receitas certas.  Se existissem seríamos todos maravilhosos e amaríamos a pessoa certa para nós. E quem disse que não os somos e que aquela complicada personalidade que faz o nosso coração bater tão forte, não é mesmo o mais certo para a nossa alma desvendar naquele momento específico ? Afinal já dizia com muita precisão o Fernando Pessoa que " navegar é preciso, viver não é preciso",  versos que não entendia de todo até alguém me fazer entender que preciso tem justamente a ver com precisão (de traçar uma rota e precisar de mapas, por exemplo).  Por mais que tentemos fazer roteiros pré -estabelecidos para a nossa vida, ela nos arremete com suas paixõe

Almar

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Haicai

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O passado do futuro é hoje

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Sempre fui fissurada nessa coisa de voltar ao passado. Um dos filmes que mais gostava era Somewhere in Time sobre um amor que era maior que o tempo. Mas tem um componente nessa ideia de voltar ao passado que é maior que o próprio achar um grande amor. E se a gente pudesse rever e transformar o nosso próprio afazer? Mudar nossa história revendo nossas escolhas?  Talvez por isso tenha gostado tanto de um filme que vi nesse ano - Questão de Tempo. E tenha ficado apaixonada pela série Being Erica que já devorei quase uma temporada em um dia. Seja na saga dos homens da família que podiam reescrever as suas vidas, seja nas escolhas que Erica pode rever e também mudar, existe aquilo que todos nós em suma talvez gostássemos. Poder voltar, sabendo o que sabemos hoje.  Mas... O passado do nosso futuro é hoje. E se tem algo que a minha resiliência me ensinou é que um dia passa o outro. E nós sobrevivemos. Se não tão bem em algum dia, podemos mudar o foco hoje. Seja para fazer melhor em nós mesmos

Soft pornô x literatura erótica feminina

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A literatura erótica feminina é tabu desde sempre. Ou desde milênios. Mulheres como Safo que ousaram escrever seus desejos ficaram marcadas por adjetivos que as excluíam das normais. Aliás essa separação entre as mulheres normais, as que curtem sexo, mas com moderação, com as outras, as que curtem sexo sem moderação também recebe uma desqualificação. As segundas são chamadas de ninfomaníacas. E isso é encarado como doença. Não bastasse ser chamada de galinha e puta - o maior xingamento que a sociedade dá para as mulheres que não se enquadram em suas regras, ainda tem que encarar uma etiqueta de anormal.  Olhando por esse ângulo é óbvio que poucas mulheres se dedicassem a escrever sobre o sexo. Abertamente. Muitas e muitas fizeram e fazem isso de maneira discreta. Guardam para si, mostram para o amante da hora ( se tem coragem), escrevem sob pseudônimos.  Mesmo hoje, com toda a liberdade que muitas mulheres dispõem, de ser e ousar, ainda pesam sobre elas séculos e milênios de poderias e

Imperfeições com elegância

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Escrever exige um foco específico. Não basta sentar e as ideias fluírem. Para que isso aconteça é preciso uma bagagem anterior. Ela pode ser feita de experiências de vida, boas leituras, um certo grau de análise e uma capacidade de comunicação e síntese.  Perfeita fórmula!  O complicado é quando um ou mais desses quesitos não fazem parte de sua vida cotidiana nesses últimos tempos. Livros começados e não terminados. Vida reclusa. Cabeça desfocada. E cadê a inspiração para os deliciosos textos que todos vão ler e te julgar uma pessoa simplesmente genial e merecedora de likes e curtidas?  Sem perfeição, existe vida? Para certos segmentos de vida virtual não. Para alguns da vida real também não. Mas se formos pensar o que é a vida de verdade? A vida com elegância e que vai passar na nossa frente em momentos de urgência?  Pausa para lembrar de um acidente de carro. Uma curva, um vento a mais. Um cinto segurando a gente enquanto vidros vão se quebrando e a vida passa como se fosse um traile

Poetando pela vida

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Início de ano de desafios. Me dei de presente fazer algo diferente. Algo inusitado. Uma Oficina de versos. Não qualquer tipo de verso. Versos em fogo.  O que seriam versos em fogo? Foi o que seis mulheres se dispuseram a descobrir e a exercitar em quatro terças a tarde. Escritoras, advogadas, psicólogas, dentista. E a arquiteta aqui. Deixar a imaginação fluir, soltar a sensualidade, fazer versos eroticos.  Eroticos? As belas da tarde ungidas pela poeta Paula Taitelbaum riram, enfrentaram o fazer versos em minutos. Sonetos, haicais. E o mais bacana, deixando soltar as amarras, aprendendo a focar e instigar a visão. De cara uma constatação. Meu vocabulário erótico pornografico é muito pequeno....outra constatação foi que não podia falar para qualquer um o que estava fazendo. Imaginem os olhares. Não, a escrita erótica feminina está longe de ser corriqueira. Ainda mais para mulheres "normais". Esse normais é pura ironia, tá ( tristes tempos em que se tem que sublinhar e desenhar

Elegante é não se cobrar tanto

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Adolescer com quilinhos a mais me trouxe um ônus em termos de cobrança pessoal. Por minha própria natureza já sou uma pessoa crítica. Não estar dentro dos padrões (elevados) de beleza da minha família me fez amargar alguns momentos preciosos de vida. E hoje, fazendo uma triagem fina das minhas fotos, vejo que esse amargor era totalmente sem motivos. Benza Deus, nunca fui uma guria feia. Também nunca passei de dez quilos a mais do ideal. Mas como eles me pesaram. Me faziam fugir de viver, de me mostrar, de me amar mais. Passei por dietas doidas. E pela síndrome de ioiô. Foi quando arrumei a minha cabeça e assimilei que estar magra me dava mais prazer que comer muito. Ou comer o que me dava prazer. Enfim, foi quando cheguei ao difícil equilíbrio da relação custo beneficio de calorias ingeridas X me sentir bem, que consegui ajustar o peso. Agora desequilibrei essa relação porque comer está me dando mais prazer...mas essa é outra história, até porque ainda estou naquela relação do