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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Palavras do ano que finda

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Passado mais um ano, cá vamos para uma pequena retrospectiva das postagens que tiveram mais visitas mês a mês.  Janeiro Agradecer os momentos nos impulsiona a querer tê-los mais e melhores. Nos lembra que somos parte do universo e cada ação nossa pode ajudar a nós e ao próximo. Generosidade, Gratidão e Gentileza Fevereiro É dentro de cada um de nós que o horror se combate. Há os que gritam nas ruas e assumem todos os riscos. Há os que silenciam na aparência, mas elaboram e se unem à mais consciências para que a voz nunca seja silenciada.   Vox e o Conto da Aia - gritos e silêncios Março Mulheres que escrevem. Mulheres que escrevem bem. Mulheres que descrevem outras mulheres com um olhar certeiro, trazendo à tona personagens que são vivas em suas paixões e ações. Zona de Desconforto Abril De tanto abrir mão dos sonhos e vivências para ser útil e querida, o turbilhão nos arrasta para aquele buraco negro que fotografaram ontem com tanta emoção. Sei que foi uma mulher q

Para todos os que já amei

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Durante muito tempo cartas e chaves me acompanharam. Nas cartas transbordava emoções, ditas ou guardadas. Nas chaves que desenhava, simbolizava as respostas que sempre busquei. Desde pequena escrevi cartões e cartas. Primeiro ditadas para minha avó, que pacientemente as transcrevia no papel. Depois com garrunchos e desenhos próprios. Fui refinando para as elaboradas, com imagens e muitas cores, verdadeiros diários que trocava com amigas. Me correspondi com gente de fora, quando essa era uma maneira legal de treinar o inglês. Lembro de um menino escocês e de uma adolescente japonesa. Um dia vou tentar acha-los na web. Sim, guardo cartas. Guardo coisas e cartas. Guardo. Soube que tem um filme, baseado em um livro, onde uma jovem escreve cartas que nunca manda para os garotos que amou. Eu fiz isso muito. Um dia, por esses mistérios da ficção, as cartas são entregues aos destinatários e gera o enredo do filme. Fiquei aqui rindo sozinha ao imaginar o que teria acontecido se tiv

Fechada para balanço

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Este 2019 não foi um ano fácil. Não apenas pelo que acontece lá fora, das terríveis consequências de uma (extrema) direita volver na sociedade e de ver amigos defendendo coisas indefensáveis. Este ano foi terrível dentro de mim.  Foi ano de perdas. Pessoas muito especiais se foram. Uma de maneira abrupta. Outra se foi indo, de morte anunciada, dessas que a mente racional te avisa feito apito estridente e tu não quer acreditar mesmo assim. Lidar com o luto não é fácil para mim. Não é para ninguém na verdade. Acho que tem gente que disfarça melhor. Eu perco a luz, fico num misto de lembranças bonitas introjetando as pessoas dentro de mim, com uma puta falta e desesperança. É como se o baile fosse se esvaziando, uns partindo na frente. E eu ficando aqui, sabendo que logo chegará a hora de ir também.  Essa mistura de incertezas e inquietações aliadas ao passar dos anos me trazem mais questões e menos certezas.  Sempre tive muita facilidade para compreender o ponto de vis

Do amor e suas agruras

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Ela queria o oculto, o imponderável, o incomensurável, e procurava  no olhar do outro o caminho (adriana mayrinck) Fico aqui pensando que amar deveria ser simples todos nascemos com ânsias e vontades em algum momento fomos intensamente desejados Mais até - únicos Fomos o sonho de vida de alguém que nos gestou somos o resultado de carnes, gemidos e ímpetos mas a medida que crescemos que  nossas bobagens de crianças deixam de ter a graça que pareciam ter para nossos pais ou avós, ou tios, ou quem quer que nos aplaudisse somos tomados pela ausência de alguns poucos conseguem essa luz lá dentro outros tantos precisam de um olhar, uma voz um outro que nos diga: és especial! Esta especialidade se nos afigura de tantas formas Disfarces um corpo bonito uma voz especial um cruzar de olhos uma admiração qualquer sinal nos basta para abrir o sinal verde da esperança, aquele pássaro azul que voa faceiro e nos enche de tesão mas nem sempr

Regras - aprenda antes de quebra-las

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Sempre digo que aqui em casa aprendemos a viver em uma democracia real. Muitas das decisões importantes eram votadas e a maioria vencia. Ou quem tivesse maior poder de argumentação. Mas existiam as clausulas pétreas. As que não podiam ser mudadas naquele momento. Por ene razões. Até mesmo pelo famoso "não é justo, mas é assim" ou "é assim porque eu quero e pronto". E isso fez parte do aprendizado para a vida. Que nunca pretendeu ser justa. É sobrevivência. E tem regras. Cada sociedade e cada momento tem as suas. Homens tem algumas, mulheres tem outras. O racismo nosso de cada dia mais explicito impõe outras para algumas pessoas. Uma delas eu nunca poderia imaginar porque nunca senti, como branca e burguesa que sou. O direito de abrir a bolsa em uma loja e pegar o celular. Meu celular. Eu faço isso até para me proteger dos assaltos. Entro em estabelecimentos comerciais para abrir a bolsa com segurança. Mas aprendi que existem regras não escritas que negam este dir