Meu pacto com a Lua
Já não sangro Meu pacto com a lua virou rumos desertos meu ventre virgem não partente sangrava em uivos nos tempos do cio Hoje já não sangro mas sim sangra em mim o tempo do filho que não nasceu No tempo que o sangue fluía Sentia vibrantes rios Vermelhos Hoje já não sangro rios aparentes Sangro vozes cobertas Sangro desejos inconfessos Sangro solidões Lua pactua casa materna águas que não vivem mais Hoje sangro sim Mulher sangra sempre que a força uterina não morre jamais