Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2024

Entre Dois Amores: A Busca Infinita Pela Resposta Que Não Existe

Imagem
Dois amores. Dois universos, cada um com seu próprio brilho, cada um com suas sombras. E eu, no meio, tentando decifrar o que é real, o que é desejo, o que é necessidade. Há quem diga que o amor verdadeiro é um só, mas eu me pergunto se não é o contrário — talvez o amor se multiplique, como uma estrela que se fragmenta e, de repente, há luz por todo lado. Luz que ofusca. Luz que aquece. E então, me pego buscando respostas nos números. Têm algum significado? Será que o número de vezes que meu coração acelera perto de um, ou o silêncio confortável perto do outro, quer dizer algo? Uma data qualquer, um gesto repetido, uma mensagem deixada no visto? Como se o tempo, essa invenção, pudesse me dar alguma pista. Mas será que existe mesmo uma lógica, ou só estou tentando desesperadamente dar sentido ao caos? Porque é isso que fazemos, afinal. O cérebro é mestre em criar formas onde talvez só haja um vazio. Esse vazio, essa busca constante, nos engole. É como se precisássemos de algo que nos de...

Características da Poética de Elenara:

Imagem
  Aqui uma análise sobre alguns aspectos marcantes da poética de Elenara Stein Leitão. 1. Temática da Feminilidade e Introspecção: Vivências femininas: A poesia de Elenara se concentra fortemente nas experiências e reflexões de uma mulher madura navegando pelas diferentes fases da vida. Temas como amor, desejo, solidão, medo, passagem do tempo e a busca por autoconhecimento são recorrentes em seus versos. Em "Agruras Enluaradas", poemas como "Ela toda maresia", "Nós mulheres" e "Lilith" exploram a intensidade emocional, a sensualidade e os desafios enfrentados pelas mulheres. Já no blog "Elenara Elegante", textos como "Eterna equilibrista entre o real e a magia", "A busca pela resposta" e "Saindo do casulo" evidenciam a busca por sentido e a transformação pessoal em meio às adversidades da vida. Tom confessional e reflexivo: Seus poemas frequentemente assumem um tom confessional e intimista, convidando ...

Crônica sobre o Diálogo Entre Gerações

Imagem
Era um sábado qualquer quando a família se reuniu para um festival de música. Tanto podia ser no Rock in Rio como em um outro qualquer que vemos pelo país. O cenário era uma loucura: palcos gigantes, gente eufórica, e um som tão alto que fazia o coração bater no ritmo da música. Ana, uma jovem de 20 anos, estava em seu paraíso pessoal. Fones de ouvido, os dedos voando no celular, compartilhando stories no seu Instagram daily, pensando em possíveis vídeos para o Tik Tok e vibrando com o set de uma DJ eletrônica. Para ela, aquilo era "hype". Já seu pai, Pedro, de 55 anos, de calças e camiseta preta do IRA, olhava em volta e só conseguia pensar: "Esses jovens, hein? Onde foi parar o bom e velho rock'n'roll?" Ao lado deles estava Maria, uma mulher vibrante, roupas indianas e cabelos brancos bem tratados, a avó de 73 anos. Ela balançava a cabeça lentamente, lembrando de quando assistiu a Janis Joplin no Monterey Pop Festival. Era o auge de sua juventude. "Ah...