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Mostrando postagens de março, 2023

mais uma segunda na era da maturidade

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  Papeis para arrumar me lembram que estamos naquela época chata do ano em que devemos prestar contas ao governo sobre o que ganhamos e gastamos. Ônus de viver em sociedade. Obviamente procrastino. Este ano mais do que o costumeiro. As costas me lembram do peso que carrego, também consequência da maturidade. Decisões, boletos, resiliências e quilos a mais me lembram das proféticas palavras do primo quando eu era uma pequena de poucos anos que queria crescer. “Não queiras isso, vives na melhor época da vida. Um dia vais lembrar do que te digo”. Lembro, primo. Lembro sempre. Tinhas razão. O copo vazio me lembra que não apenas devo levantar de tempos em tempos e caminhar um pouco, mas que devo ir buscar mais água já que somos absurdamente líquidos. Deus é água li em um amigo estes dias. Colega arquiteto que trabalha com nascentes nas cidades. Uma frase bombástica que nos pega de chofre. Achei que fazia sentido. Somos um tantão de água, feitos à imagem e semelhança de Deus, logo Deus de

amantes eternos (divagações com a IA)

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Escreva um mini conto em estilo sensual de Anais Nin sobre uma mulher madura que sofre de solidão e imagina um amor que a satisfaz fisicamente em outro universo paralelo Ela se sentia só, como se ninguém a compreendesse ou a desejasse. Seu marido era frio e distante, seus filhos crescidos e independentes, seus amigos superficiais e fúteis. Ela ansiava por algo mais, algo que a fizesse sentir viva e amada. À noite, ela sonhava com um homem que a abraçava com ternura e paixão, que a beijava com ardor e delicadeza, que a tocava com habilidade e carinho. Ele a fazia gemer e tremer, ele a levava ao êxtase e ao repouso. Ele a olhava nos olhos e dizia que a amava, que ela era sua alma gêmea, que eles estavam destinados a ficar juntos. Ela acordava com o coração acelerado e o corpo molhado, mas também com uma tristeza profunda. Ela sabia que ele não era real, que era apenas uma fantasia de sua mente solitária. Ela se perguntava se ele existia em algum lugar, em algum universo paralelo, onde el

Noves fora da vida

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Suando sabor de vida descobertas a olho nu eu mesma eterna aprendiz Cansaço daqueles gostosos do corpo vibrando descobertas Eu mesma feiticeira de mim Carências antigas e atuais Gestando novas escolhas Eu mesma senhora de mim Se a vida me coloca em xeque Mate escolho sorridente a rainha em mim se move Noves fora da vida matemática do universo Resta o que?  Eu

Falta de sintonia

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  Aprendi a ver e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Equilibrista da minha atenção como se o foco pudesse ser medido em balança. Ouço you tube relevante enquanto penso e escrevo. Nestes nossos tempos elétricos onde vivemos fazendo tudo ao mesmo tempo no mesmo lugar é um mantra corrente que devemos ser sempre maravilhosos. Ou espetaculosos. Ou chorosos. Ou seja lá o que nos garanta atenção em formas de curtidas momentâneas. Todos queremos nossos 15 minutos de atenção. Não sempre foi assim? Acho que sim. Desde que nascemos nossa luta por amor e reconhecimento ganha contornos de glória e desgraças, seja lá o que fizermos para tanto. As maestrias se perdem nas personas que criamos. Tudo bem, a vida é feita de aparências e aprendemos desde que adolescemos que nada nos é dado de graça neste mundo onde cavamos a sobrevivência com o suor de nossos corpos e rostos. Alguns literalmente, outros só nas academias, onde a juventude e a saúde é buscada como meta de brilho social. Ouço Mozart no pian