Conversas com a Lua minguante
Acordo madrugadas. É um hábito recorrente. Não consigo escapar do hábito de correr os dedos pelas telas para saber se há novidades. Em geral são poucas. Muita desinformação e opinião sem muita profundidade sobre o mesmo. Talvez eu esteja procurando nos locais errados. Não se encontra conteúdo em lama. Mas tem suas vantagens. Olho pela janela quando decido levantar. Já são 6:15. A Lua me saúda, magrela em seu minguante. Está sobre a chaminé, tema recorrente de minhas fotos. O café preto fica mais suave com a sombra da Lua minguante nos céus da cidade que acorda, sonolenta, mas vibrante, para mais uma semana que chega. Faço as pausas necessárias entre uma escrita e outra. Banheiro, gata que mia, mãe que necessita cuidados. A natureza me chama. A biologia idem. A poesia que espere. A pausa termina. Já é dia. A cidade já está mais barulhenta. Mas ainda não ouvi os passarinhos. Deve ser o calor esquisito para um dia de julho, inverno em teoria. Em teoria também estamos no século XXI. Volto