Conversa fiada
Tinha nove dedos de prosa para gastar no balcão. Usou seis que era econômica desde menina Guardou três de precavida porque nunca se sabe Vai que precise Calou vinte horas angustiadas A cada domingo Mil e quinhentos domingos sonolentos e sofridos Fora dos anos bissextos Gritou sete minutos contados Alguns calados Mas estes nem contavam O bom eram os gritos de selva Rugidos de fera Gravados com raiva uterina Mirou vinte e nove olhares sábados Molhou e aguou enchentes de prazer Urrou gozos milenares Deusa perdida que sempre se soube achar
Boa tarde!
ResponderExcluirFeliz Natal!!
Adorei ler seus relatos ... também sou gaúcha, de Porto Alegre mas morando em Floripa atualmente.
Adoro ditados, aprendi muitos com minha avó. Cada coisa que acontecia ela recitava um ditado ... Comecei a catalogar, mas minha tia, que é doutoura em Língua Portuguesa me aconselhou a não divulgar em razão deles serem muito antigos e hoje poderiam ser mal interpretados.
Forte abraço
Boa tarde! Adorei o relato, gostaria de conhecer os ditados antigos, mesmo que hoje tenham outro significado. Grande abraço
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