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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

As muitas eus dentro de mim

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O Livro do Desassossego - Bernardo Soares (ou é obvio, Fernando Pessoa), Obvio? Nem tanto. Se o fosse não haveria a necessidade de heterônimos que são as outras facetas de cada um de nós.  Existe em mim a Espantada de Souza que quanto mais lê, menos entende e prefere se refugiar nos poemas e gatinhos.  Da vida e suas inquietudes. Ando pelas ruas procurando um algo que faça sentido e talvez o sentido do algo seja justamente não ter nenhum. Niilista? Mas se nem sei direito o que é isso, que nunca fui dada a entender profundamente teorias. Sempre achei meio cafona andar arrotando sapiência de gente que já morreu faz tempo. Ou se está vivo, é tão inteligente que nem parece de verdade. Se disse e serviu para ele, que faça bom uso. Me aproprio do que me serve. O resto junto na lata das possibilidades que não me calam à alma. Largo tudo e vou ronronar.    Espantada de Souza Existe a Antônia Caparelli, a alma gringa que me habita, que escreve poemas eróticos, bebe muito  vinho e ga

Cura para um coração partido

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Ano passado me dei de presente um livro chamado "Uma pergunta por dia". 365 perguntas - 5 anos - 1825 respostas. Parece coisa de adolescente. E é.  Para a adolescente que teima em morar em mim, em ti, em nós. Sei de gente que guardou para iniciar no ano novo, zerando o velho. Eu não. Boa ariana e boa neta de minha Vó Belmira , que só conheci de fama, comecei assim que comprei. Já respondi sobre tudo e várias perguntas me fizeram pensar. O que é o mote de qualquer livro, inclusive os diários. Mas a pergunta de amanhã me pegou mais:  Escreva a cura para um coração partido    Vocês se deram conta da profundidade da pergunta????? Todos já passamos por isso, em maior ou menor grau. Seja por decepções amorosas, seja por mágoas com amigos, parentes, pessoas que importam demais para nós e em quem colocamos expectativas.   Primeira palavrinha para prestar atenção: Expectativa  Expectativa :   situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrênc

A vida me cobra mudanças

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Dia cheio. Algumas coisas boas que nem tudo é ruim na vida da gente, mesmo quando tudo parece ruir feito circo vagabundo ao nosso redor. Mas mesmo assim cansaço mental. Às vezes nem sei se os neurônios estão começando o namoro com o alemão (ou desnamoro) ou se estão em tal estresse que andam feito tontos tentando entender em que gaveta se escondeu qual informação.  Juro que vou tentar pensar que é coisa das seis décadas que se aproximam. Me arrumo para desopilar escrevendo. Isso depois de ajudar mãe a ir ao banheiro, fazer café, correr para cá e lá enquanto atende cliente pelo WhatsApp e tenta lembrar tudo o que tem que fazer tendo a certeza de que as poucas horas que dispõem na sexta feira nao vão dar conta. Aí escuto ruídos estranhos. Lembro que dei a gosminha para a gata vomitar pelo (gateiras entenderão ), corro para o quarto a tempo de ver a felina vomitar em cima da minha bolsa. De palha.  Limpo. Respiro.  Respiro de novo. Vontade de sumir para longe. Tão longe