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Mostrando postagens de agosto, 2017

Ervilhas, ora direis olhar estrelas

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"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo,  Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Sem querer abusar do Bilac , mas já lembrando dos tempos idos e vividos, volto ao passado que já nem sei ao certo se aconteceu neste universo, ou em um dos outros tantos em que já vivi. Com certeza em um deles eu era uma andarilha peregrina que achou abrigo em um palacete e onde me colocaram em uma Queen Size Bed de altura astronômica. E onde passei uma noite danada de mal dormida que se traduziu em olheiras terríveis e um mal humor do cão que, obvio, acabou por afastar aquele cara lindo que mais parecia um príncipe. Tudo por causa de um grão de ervilha que alguém esqueceu abaixo da camada de espuma da Nasa. Em outro universo fui uma menina que trocava o volei e os passeios de bicicleta pela leitura de contos de Andersen . Mas que não abria mão dos patins.    Ilustração de Nacho Naolino Diaz Fui crescendo e aprendendo que os contos de fadas são armadilhas, historietas q

da fobia social às distopias

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Acordei voragens. Algo da rudeza do mundo mexeu fundo no estômago, tomou conta do corpo e precisei de um refúgio. Dos melhores que conheço, os livros sempre me recompõem. Embora sejam meus parceiros desde sempre, ando deles alheia. As palavras nem sempre me são amantes inebriantes como eram. Eu, que ando mais neutra. Mais tão sem sal. Tão enclausurada. Em mim. Em minha casa. Em meu mundo pequeno e vasto, conforme a circunstância e conveniência. Acordei coragens. Já disse várias vezes que fui fóbica social. Dessas que não parece, tudo a custa de muita terapia e uma certa alma ariana (de signo) que me leva ao encontro do novo, do desafio. E que a coisa interna que me habita teima em pintar de escuridão logo em seguida e me faz recuar. Acordei inquietudes. Medo das pessoas. Tem nome para isso? Me dei conta que nunca tinha pesquisado de verdade. Tem nome sim, se chama:  Antropofobia ("A pessoa com o medo extremo entende que seu medo é ilógico. Apesar disso, a fobia de pessoas afet

Ser feliz é complicado

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"Dá um abraço no velho" Ouvi essa frase saindo do enterro do pai de um amigo. Muitos anos antes de perder o meu. Só fui dar a devida caída de ficha quando a morte me pegou de roldão e eu entendi toda a imensa saudade contida naquela frase. Ser feliz é complicado - a voz do Nico Nicolaiewsky grita no meu ouvido enquanto tento arrumar os pensamentos tentando enfim me resgatar no meio dos escombros e ruínas que sobraram do que um dia pude chamar de eu.  A vida é confusão, teima o Nico em gritar. Algo em mim sobrevive, uma réstia de luz, um urro de vida. Não é preciso se estar doente de corpo. Basta estar de alma. Mas também sou bobona. E quanto. Mais difícil apenas respirar e recompor os dados que apenas deixaram de fazer sentido. Em algum lugar me deixei morrer. Um processo, com certeza. Todos eles são uma escada para novos renascimentos. Eu tão cheia de certezas de ontem, eu tão sem chão de agora. Eu, promessa de voo amanhã. Abraça teu velho que a vida

A evolução da Confiança e Kobayashi Maru

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Sou uma pessoa extremamente desconfiada. Começo já alertando que acredito sempre pesquisando e tentando ver se não existe algo que não encaixe bem. E ao mesmo tempo sou extremamente pretensa a acreditar no ser humano e no potencial da interação, generosidade e compartilhamento. Pois a respeito da evolução da confiança, um amigo mandou um link interessante  onde, através de uma simulação com a teoria dos jogos tenta explicar o que considera um enigma : Por que, mesmo em tempos de paz, amigos se tornam inimigos? E por que, mesmo em tempos de guerra, inimigos se tornam amigos?   Onde nos levará essa epidemia de desconfiança como o site define e quais alternativas temos para resolver isso. Hummmm, nada mais atual. Já ouvi falar na tal teoria dos jogos e não me perguntem nada sobre ela, também não sei explicar, mas sei que está sendo muito utilizada em várias pesquisas para explicar um monte de coisas.   No tal link, começamos com um joguinho onde temos duas alternati