Diz que fui por aí
Peguei minha viola, minha mala emprestada, minhas roupas puídas, minha alma dolorida e fui por aí. Nem tão perto como achava que devia. Nem tão longe como poderia. Na bagagem alguns livros. Um baita cansaço. Uma mente confusa. Uma vontade de reencontro. As viagens que a gente faz por precisão nem precisam de quilometragem. Podem ser feitas a pé. Pode ser uma volta no quarteirão. Pode ser uma "mochilagem" ao redor do mundo. A jornada verdadeira acontece dentro da gente. Um caos por fora. Um não sei mais o que virá. Uma ponta de desesperança, fruto da maturidade ou do começo inexorável da velhice. Não a de fora, a das juntas doloridas e da pele encrespada pelas rugas e plissados que a vida traz. Aquela velhice pior. A que se aloja na alma e faz as vezes de freio nas ilusões da vida. Deve ser cansaço. Onde já se viu uma ariana velha? Uma geminiana de lua querendo pendurar as chuteiras de um sonhar de utopias....Não, definitivamente, não. É pura estafa. Um meio t