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Mostrando postagens de setembro, 2016

Tomo distância para me reaproximar

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Das vezes em que a vida me tomou de rasteira, as piores foram quando me perdi de mim mesma. E não é que nem as palavras, antes tão pródigas, me acompanham nesses dias de ausência de meu eu? A tela me olha e onde parecia tão fácil soltar verdades, mesmo que só minhas, só o vazio me responde. O que fazer????? Esse vazio meio oco de consistência talvez seja apenas um entreato de novos recheios. E por isso tomo distância. A Eu, tão cheia de certezas, de outros tempos dá lugar a uma Eu mais cautelosa. A que tudo observa, cataloga. Pesquisa. Não pensem que por tomar distância minha mente se ausenta da visão. Ao contrário, parece que ela se aguça, se torna mais crítica e mais científica. Devoro artigos. Leio sites, vou atrás das referências. E guardo. (Nem tanto, confabulo com outros pesquisadores das sombras). Minha distância é como se pegasse um avião, subisse às nuvens e visse minha realidade lá de cima. Não apenas o que meus olhos, em seu pequeno alcance, conse

Quando a Alma se esvazia

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Acordou como todo dia. Automaticamente pegou o celular ao lado da cama e correu os olhos pelas redes sociais. Entre mensagens do cotidiano, as inúmeras de ânimo. Ânimo? Para ela talvez o artigo mais raro. Ânimo exige vontade e objetivo. E nem sempre eles são tão companheiros assim da vida. Tem vezes em que a alma se esvazia...e dói. Há dores atrozes, lancinantes. Há dores que perduram anos e se vão. Enfrentadas, compreendidas, assimiladas. Administradas. As da alma são bem mais complicadas. Tem os que não aguentam e cortam os laços com a vida. O que passa em seus corações? Quantos gritos de alerta terão dado? O que lhes tapava o sol e a esperança? Há várias formas de se deixar morrer sem apelar para as mais dramáticas e urgentes. Não se cuidar é uma delas. Se expor sem necessidade outra. Quantas vezes nos deixamos morrer nos afastando da vida? É um assunto complicado e difícil de ser abordado. Para quem está mais que triste, os exemplos tão alardeado