Tomo distância para me reaproximar
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Das vezes em que a vida me tomou de rasteira, as piores foram quando me perdi de mim mesma. E não é que nem as palavras, antes tão pródigas, me acompanham nesses dias de ausência de meu eu? A tela me olha e onde parecia tão fácil soltar verdades, mesmo que só minhas, só o vazio me responde. O que fazer????? Esse vazio meio oco de consistência talvez seja apenas um entreato de novos recheios. E por isso tomo distância. A Eu, tão cheia de certezas, de outros tempos dá lugar a uma Eu mais cautelosa. A que tudo observa, cataloga. Pesquisa. Não pensem que por tomar distância minha mente se ausenta da visão. Ao contrário, parece que ela se aguça, se torna mais crítica e mais científica. Devoro artigos. Leio sites, vou atrás das referências. E guardo. (Nem tanto, confabulo com outros pesquisadores das sombras). Minha distância é como se pegasse um avião, subisse às nuvens e visse minha realidade lá de cima. Não apenas o que meus olhos, em seu pequeno alcance, conse