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Mostrando postagens de julho, 2015

Imaginação

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Imaginação. Sim, mulheres imaginam. E isso faz muita diferença.  Como imaginar que não vai haver sempre uma DR na vida de uma mulher. Afinal elas imaginam. Tudo. Mesmo o que você não fez. Mas queria fazer. Elas sabem. Me lembro da minha imaginação. Primeira de mulher que nascia.  Além dos olhares para alguns coleguinhas de escola e paixões platônicas por artistas de série de sci fi na TV, minha experiência com o sexo oposto era nula. Tinha doze anos. E imaginava. Mas tinha amigas que não. Elas faziam! Falavam de beijo na boca. Mas não um qualquer: beijo de língua! Era o máximo da ousadia nos idos de 70. Acho eu. Na minha imaginação. Era época de liberdade sexual, mulheres já tinham queimado o sutiã - e eu queria muito não ter peitos para não ter que usá-los. Nunca mais.   A pílula tinha chegado, trazendo uma possibilidade nunca antes vivida pelas mulheres. Não sem muitos cuidados e sustos. E eu ainda não tinha beijado. E nem iria pelos próximos seis ou sete anos

Pica minha alma

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Sem explicações

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Não para a vida Não para a morte Para esse tempo que machuca Para essa espera angústia Não para essa porra Que ensinam como certo Que enfiam goela abaixo Manual de ser certo Não para o medo presente Não para o futuro brilhante Não para o passado humilhante Não para tudo que cansa Não, mil vezes não. Chega da boa mocice Basta da auto ajuda viciada Da vida queria apenas Que passasse assim tão ligeira Sem pergunta Sem cobrança Apenas coisa molenga Das que viram presença Das que nunca cansam Elenara Leitao

Farol me guia

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Borrasquento  Lascivo jorro Choro Grito Morro Acordo luz Teu farol em mim Acende rotas Acena caminhos Aponta  Sigo Acordo molhada Envergonhada  Mentira Apenas cansada Chove miúda bruma Cai em mim Teu pranto brusco Adormeço Sonho Busco quimeras Acordo realidades Elenara Leitão

Sonho contigo

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Sonho contigo. Repetidas vezes. Não sei explicar porque, se fizeste parte de minha vida, foi há muito tempo atrás. Tempo demais. No tempo em que meus olhos eram de esperança e minhas carnes mais firmes. Lembro da primeira vez que te vi. Lembro da emoção de dançar contigo.  Mas não, não lembro do primeiro beijo. Gozado, só fui me dar conta disso agora. Talvez não tenha importância.  Enfim. A vida nos juntou algumas vezes. Nos separou outras. Nos separamos. Não era para ser. Não foi doído. (Minto, foi sim. Mas foi elaborado. E deixou de doer) Mas mesmo assim, sonho contigo. Não é sempre. Não, não pense que é recaída juvenil. Apenas sonho contigo. E é bom. Dizem que o sonho revela desejos ocultos. Pode ser. Dizem que podem revelar muito de nós. Até acredito. Não me debrucei para pensar a respeito. Não quero. Apenas gosto da sensação boa que o sonhar contigo me dá. Me sinto mais próxima daquela menina de olhos esperançosos. Talve

Ponto sem fim

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O silêncio que mora em mim

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Há uma rua que me inspira. As vezes me bate um branco, desses que embotam alma e mente. Mas basta caminhar por essa rua que as palavras vem à mente. E tão facilmente que parece magia.  Sim, há uma rua que me inspira. Nela eu me sinto não diferente, não especial, apenas nela eu sinto. Já escrevi postagens inteiras. Já concebi poemas. Todos geniais. Palavras que rimam, ideias que saem redondas. Todas na minha cabeça.  Delas poucas vezes consegui transferir para a realidade. Nunca me lembro de levar um gravador, de usár o do celular, de escrever as ideias brilhantes que saem aos borbotões. A rua que me inspira passa a ser cúmplice de momentos de entrega.  E a inspiração que mora em mim? Ela mora no silêncio e na bruma de meus sonhos, nas coisas que vejo, as que ouço. Nas elaborações que traço. Talvez se revele apenas nos momentos em que não penso, naqueles em que apenas passe solitária pela rua que me inspira.    Entender como? E precisa? O que tem que sair sairá quando for a hora. Até lá