Meu pacto com a Lua
Já não sangro
Meu pacto com a lua
virou rumos desertos
meu ventre virgem
não partente
sangrava em uivos
nos tempos do cio
Hoje já não sangro
mas sim
sangra em mim o tempo
do filho que não nasceu
No tempo que o sangue fluía
Sentia vibrantes rios
Vermelhos
Hoje já não sangro
rios aparentes
Sangro vozes cobertas
Sangro desejos inconfessos
Sangro solidões
Lua pactua casa materna
águas que não vivem mais
Hoje sangro sim
Mulher sangra sempre
que a força uterina
não morre jamais
Forte depoimento!
ResponderExcluirObrigada, minha amiga! Beijos
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