Poetando pela vida
Início de ano de desafios. Me dei de presente fazer algo diferente. Algo inusitado. Uma Oficina de versos. Não qualquer tipo de verso. Versos em fogo.
O que seriam versos em fogo? Foi o que seis mulheres se dispuseram a descobrir e a exercitar em quatro terças a tarde. Escritoras, advogadas, psicólogas, dentista. E a arquiteta aqui. Deixar a imaginação fluir, soltar a sensualidade, fazer versos eroticos.
Eroticos? As belas da tarde ungidas pela poeta Paula Taitelbaum riram, enfrentaram o fazer versos em minutos. Sonetos, haicais. E o mais bacana, deixando soltar as amarras, aprendendo a focar e instigar a visão. De cara uma constatação. Meu vocabulário erótico pornografico é muito pequeno....outra constatação foi que não podia falar para qualquer um o que estava fazendo. Imaginem os olhares. Não, a escrita erótica feminina está longe de ser corriqueira. Ainda mais para mulheres "normais". Esse normais é pura ironia, tá ( tristes tempos em que se tem que sublinhar e desenhar tudo).
Enfim. Minha produção foi grande. Confesso que me diverti muito. Aprendi a escrever com a imaginação. Aprendi a brincar com as palavras. Ainda estou pensando no que vou fazer com os versos mais quentes. Aqui não posso colocar, este blog é aberto. Então, deixo com vocês um simples exercício de poetar.
No fim do dia
Sofria
Sorria
Pensava no que seria
Da vida
Da lida
Do tanto que podia
Sentia
Poderia
Quem sabe um dia
Anoitecia
Amanhecia
E a rima acabava
E restava a vida
Sem poesia
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