Buscando no passado


Levei a sério a recomendação de não escrever com pressa. Aliás, ando em ritmo de slow way of life. Triste isso de se acostumar a falar expressões em inglês, mas fazer o que. Não dá para ter tanta xenofobia e sem apelar aos parcos conhecimentos da língua inglesa fico sem poder me comunicar na internet. E olhe que os meus conhecimentos se encolheram nos últimos anos. Tenho que
aprimorá-los urgentemente  !

Mas prosseguindo, além das recomendações da amiga que cronometrava as minhas refeições, fui ler um livro que ela me emprestou chamado : Autocuraterapia: Transformação Homeostática pelo tratamento independente de Tomio Kikuchi. E deu um clique ! Sabe como é quando essas coisas estalam na cabeça da gente, a gente assimila não só com a cabeça, mas com a vontade. E desde daí (deve fazer uma semana) estou comendo super devagar, mastigando bem. Nos primeiros dias acharam que eu estava comendo demais. Agora já se acostumaram. E como toda transformação nunca vem sozinha, também estou tentando um meio mais baiano de ser. Não que eu seja uma pessoa agitada, longe disso. Mas tenho um apressa-te bem saliente dentro de mim. E ainda adquiri um péssimo hábito com a internet de linha discada. Uma leitura dinâmica muita da vagabunda que só passava os olhos por cima e não se aprofundava na leitura... Estou tentando baixar umas leituras para me aprimorar um pouco. E agora pretendo focar um pouco mais. Estudar um tema por semana já seria de bom tamanho. Mas preciso ao mesmo tempo dar um trato no Tico e no Teco para que eles assimilem mais o que leem...

Sabes que essa opção por tratamentos mais naturais aos olhos de terapias orientais e uma visão mais ampla e ecológica das questões da vida nos levam a adotar escolhas que são subversivas aos nossos padrões consumistas. A gente diminui o leque de opções no super e paulatinamente passa a adotar feiras alternativas de produtores que não usem agrotóxicos. Como tende a não adoecer tanto, não toma tantos remédios e não abastece a indústria farmacêutica. E como fica mais leve, acaba por não consumir violência e encontra mais tempo para ler. E consequentemente tende a elaborar uma forma mais independente de  pensamento. Tudo o que o status quo não quer. Este alimenta nas pessoas uma pretensa rebeldia de usos e costumes que cria tribos de comportamento semelhante, ao invés de indivíduos aptos a trocarem especifidades.

Perdi o Capra ! E olhe que comecei a ler o cara em 87. Ponto de Mutação. Na época, ainda era uma grande novidade e fechou com tanta coisa que acreditava. Ou sabia inconscientemente. E me parece um caminho natural se chegar a uma consciência de mundo mais integrada, mais holística se se percorre a trajetória que o Capra percorreu. Um mundo interligado e mutável, dinâmico e vivo. Quer exemplo maior do que a internet, pura. Não que a tenta ser controlada, mas a que possibilita esse contato inimaginável entre bilhões de seres humanos em toda a terra, em tempo real ? Vivemos uma transformação que não podemos dimensionar. Mas podemos vivenciar. E saber que mais pessoas pensam como nós. Ou quase. Que, como diria o Chico: não es lo mismo, pero és (casi) igual. 


Beijos

Elenara (2006 - resgatando antigos emails. É um bom exercício de ver conseguimos manter a coerência)

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