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Manifesto pela Ética do Cuidado Intergeracional

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  “Encontrar o possível dentro do impossível”  Sonho Manifesto – Sidarta Ribeiro Leio um novo manifesto utopista, como já li tantos outros em minha vida. Vibro igualmente com eles, relembrando que não estamos sós em sonhar tempos de união e generosidade. Sempre entendi o ato de amar (que é uma bússola como define o mesmo livro) extremamente revolucionário. Tanto que as pessoas que advogam sua implantação entre os seres, acabam mortas de forma violenta. O ódio não tolera o amor porque este lhe é superior, já dizia a música Língua em outro sentido "E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior?" O Cuidado Como Atitude Revolucionária "O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado.  Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.  Portanto, abrange mais que um momento de atenção.  Representa uma atitude de ocupação, preocupação,  de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro."...

Três Marias – Destinos Desiguais, Fardo Comum

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  Maria, Maria, é um dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta 1 Década de 1960 Em uma casa humilde, no interior do Brasil, nasce Maria dos Milagres. A primeira filha de muitos. Cresce em casa de barro, com muitos irmãos em escadinha e pouca comida. Aprende a cuidar dos menores e da casa ainda criança. Escola? Só até o 2º ano. Foi quando uma patroa de sua tia acenou com estudo na capital e lá se foi ela, cheia de esperanças. Perdeu-as no trabalho diário entre louças e mais crianças para cuidar. Os filhos da patroa. Em uma maternidade, nasce Maria de Fátima. Filha de um bancário e de uma professora, mora num bairro de classe média. Tem acesso a livros, brinquedos e estuda em colégio público de referência. Gosta de matemática e piano. Sonha com um futuro melhor enquanto brinca de casinha com bonecas e ajuda a mãe nas tarefas da casa. Em um bairro rico de uma capital, nasce Maria Antonieta. Tem um sobrenom...

Os choques

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  Enquanto iam para casa, ela notou que seu pai, cuja mão segurava, caminhava de passos trôpegos, o paralelepido da rua na então quase deserta praia de Xangri-la no litoral gaúcho, machucava seus pés. Ela era a filha caçula, devia ter uns cinco ou seis anos. Era um dia ventoso. Novembro. A sua família tinha ido passar o aniversário de casamento de seus pais na praia. A pequena casa de madeira mal dava para abrigar tanta gente. Lembra que sua mãe tinha feito um maiô diferente para ela. Naquela época se faziam essas coisas em casa. O mundo não era nem tecnológico, nem era tão fácil adquirir coisas. Havia muitas lojas de tecidos e costureiras. As roupas mais finas, os vestidos de baile de sua irmã, eram às vezes feitos por essas modistas que eram famosas na cidade onde moravam. Mas muitos eram feitos pela sua mãe. Quando perguntavam sobre a sua profissão, ela dizia doméstica com alguma vergonha. Nunca tinham deixado que trabalhasse fora. Não era de bom tom que jovens, que não precisa...

Cuidar de mim para poder cuidar dos outros

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Desde pequena meus testes de aspirações sempre apontavam uma alma generosa. Com os outros. Quer me ver mover mundos e fundos? Sentir que alguém precisa de minha ajuda. Deixo timidezes e medos internos e faço coisas que não faria por mim. Errado. Não, ajudar os outros é bom e me faz bem. Não preciso deixar de ser generosa com o mundo. Ele bem que está precisando disso e acho que pode ser minha contribuição de formiguinha. Mas até quando testezinho bobo de rede social te aponta um caminho, é porque a vida está mandando sinais... E o errado é que eu estava me esquecendo de mim. E com isso a minha generosidade ia pelo ralo. Estava me tornando intragável, mal humorada, sem folego e sem energia. Ponto UM: e eu sempre repeti como mantra: pessoas felizes são mais generosas com a vida. E se eu sempre soube disso tanto que alardeava para todos, e praticava comigo, o de procurar pelo menos um momento de felicidade por dia, onde foi que me perdi??? Na roda viva do mundo. Na...