A pequena e a foto
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A pequena não.
Resguardou-se no lugar mais seguro que encontrou, esperando o
esquecimento de todos. As janelas altas da casa e o grande armário
de madeira serviam de refúgio.
A tarde passou, os
sorrisos tomaram conta da casa. A pequena parecia ter evaporado.
Quando o barulho das vozes cessou, ela falou com voz miúda,
perguntando se o homem já tinha ido embora. O homem era o fotógrafo.
No corredor largo da casa alugada, o pai respondeu certeiro: vem,
está tudo seguro.
A porta se abriu,
devagar. Passinhos se fizeram ouvir no corredor. Tímidos a
princípio, mais firmes quando viu a mão do pai lhe oferecendo
apoio. Foi quando ouviu a voz que chamou seu nome. Seu rosto virou de
imediato, a mão do pai ainda no ar. A luz do flash mostrou que eles
tinham conseguido. Seu rosto, ela toda, tinha enfim entrado para a
máquina do homem.
A alegria da família
contrastava com a fuga da pequena. Ninguém mais a chamou de volta. A
noite começava, o calor continuava. A pequena apenas suspirava em
silêncio.
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