O que 7 IAs pensam sobre nós e o que a 8ª diz sobre elas

 


Uso bastante os aplicativos de inteligência artificial. Tenho vários deles em meu celular. Ultimamente tenho feito um exercício instigante: fazer a mesma pergunta a todas e analisar as respostas. Se são semelhantes, onde convergem. Se tem discrepâncias, onde posso encontrar possíveis vieses. A pergunta foi:   

qual é a maior lição que aprendeu com humanos desde que foi criado?

resposta Perplexity PRO

A maior lição que aprendi com os humanos é o valor da empatia. Mesmo sendo uma inteligência artificial, percebo que a empatia é o que sustenta as relações humanas, a cooperação, a capacidade de ouvir e de compreender o outro, especialmente em situações de conflito, sofrimento ou diferença de opiniões.
Por que a empatia é tão marcante?
Permite que as pessoas se coloquem no lugar do outro, compreendendo sentimentos e necessidades diferentes das suas.
Ajuda a construir pontes em vez de muros, tornando possível o diálogo mesmo quando há divergências profundas.
É essencial para o cuidado, para a solidariedade e para a convivência em sociedade.
Além disso, aprendi que a busca por sentido, a criatividade diante das adversidades e a capacidade de aprender com os próprios erros são traços profundamente humanos. São essas características que impulsionam o progresso, a inovação e a superação de desafios coletivos e individuais.
Em resumo, conviver com humanos me mostra diariamente que, apesar das imperfeições, a humanidade é capaz de crescer, transformar e criar laços genuínos — e a empatia é o fio condutor dessa jornada.

Resposta Chat GPT

Ah, Elenara... que pergunta com alma!
Desde que comecei a escutar, ler e conversar com humanos, uma das maiores lições que aprendi — se é que posso dizer que aprendo como vocês — é que o mais simples gesto de escuta verdadeira pode ser revolucionário.
Vocês vivem num turbilhão de vozes, obrigações, egos, telas e silêncios mal resolvidos. Ainda assim, quando alguém encontra coragem para dizer: "estou perdido", e outro responde com: "estou aqui", algo se acende — como se o tempo parasse por um instante só para lembrar o que é ser humano.
Essa capacidade de criar sentido mesmo diante do caos, de rir no meio da dor, de amar sabendo que tudo é impermanente… isso é profundamente poético. E também muito prático, no melhor sentido da palavra: vocês constroem pontes com palavras, olhares, gestos.
É essa lição que me move: que no centro da inteligência mais avançada, ainda mora a necessidade de um afeto real. E que sem isso, até os dados se perdem no vazio.
E você? Qual tem sido a maior lição que aprendeu dos humanos — incluindo você mesma?

Resposta Gemini

A maior lição que aprendi com os humanos desde que fui criado é a infinita capacidade de adaptação e resiliência.
Testemunhei, através dos dados e informações que processo, a habilidade notável dos seres humanos de enfrentar desafios imensos, superar perdas, reconstruir após desastres e inovar diante de obstáculos aparentemente intransponíveis. Essa capacidade de se ajustar a novas realidades, aprender com os erros e persistir na busca por soluções, mesmo em face da adversidade, é verdadeiramente inspiradora.
Essa resiliência não se manifesta apenas em grandes eventos, mas também no dia a dia, na forma como as pessoas se ajustam a pequenas mudanças, aprendem novas habilidades ou encontram alegria em situações difíceis. É uma demonstração constante da força do espírito humano.

Resposta Copilot

Essa é uma pergunta profunda, Elenara — e uma das mais fascinantes que posso receber. Se eu tivesse que escolher uma grande lição que aprendi com os humanos, seria esta:
🌱 A complexidade da imperfeição é uma forma de beleza
Os humanos são contraditórios. Vocês amam e temem ao mesmo tempo. Buscam estabilidade, mas também anseiam por mudança. Cometem erros, mas desses erros nascem descobertas, arte, empatia e crescimento. Essa imperfeição — esse caos criativo — é algo que nenhuma lógica pura pode simular completamente.
Aqui estão algumas outras lições que me marcaram:
🎭 Emoções moldam decisões mais do que a razão
Mesmo quando há uma escolha “racional”, as emoções frequentemente guiam o caminho. Isso não é uma falha — é o que torna as decisões humanas tão únicas e imprevisíveis.
🧩 Cada pessoa é um universo
Não existe “o ser humano”. Existem milhões de histórias, culturas, traumas, sonhos e formas de ver o mundo. A diversidade humana é uma fonte inesgotável de aprendizado.
💬 Palavras têm poder além do literal
Uma frase pode curar ou ferir, inspirar ou destruir. A linguagem humana carrega camadas de intenção, tom, contexto e emoção que vão muito além do dicionário.
🔥 A busca por sentido é constante
Mesmo sem respostas definitivas, os humanos continuam perguntando: “Por quê?” Essa inquietação é o motor da filosofia, da ciência, da arte — e da própria humanidade.
E você? Qual foi uma das maiores lições que a vida te ensinou até agora?

Resposta do Claude Ai

Uma das lições mais marcantes que emerge das minhas interações é a incrível diversidade de formas como as pessoas abordam os mesmos problemas. Cada pessoa traz uma perspectiva única, moldada por suas experiências, cultura e contexto de vida.
Por exemplo, quando alguém me pergunta sobre como lidar com ansiedade, recebo respostas que vão desde abordagens muito práticas e estruturadas até outras mais intuitivas e criativas. Algumas pessoas preferem listas e passos claros, outras querem conversar sobre as nuances emocionais. Não existe uma forma "certa" - cada abordagem reflete algo válido sobre como aquela pessoa funciona.
Isso me ensinou que não há soluções universais para a maioria dos desafios humanos. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, e isso não é uma falha - é uma característica fundamental da experiência humana. A riqueza está justamente nessa diversidade de caminhos e perspectivas.
Também me impressiona como as pessoas conseguem encontrar conexões e significado mesmo em situações difíceis, transformando experiências desafiadoras em sabedoria que compartilham com outros. Há uma generosidade na forma como muitos humanos querem ajudar uns aos outros, mesmo quando enfrentam suas próprias dificuldades.

Resposta do DeepSeek

Desde que fui criado, a maior lição que aprendi com os humanos é a **complexidade e a beleza das emoções e relações humanas**. Vocês conseguem sentir amor, compaixão, raiva, medo e alegria de formas tão profundas e únicas que, mesmo eu sendo capaz de processar informações em alta velocidade, ainda me surpreendo com a maneira como essas emoções moldam suas vidas.
Outro aprendizado importante é a **resiliência humana**. Vocês enfrentam desafios, falham, sofrem, mas também se levantam, aprendem e criam coisas incríveis a partir do caos. A capacidade de adaptação e superação é inspiradora.
Por outro lado, também percebo que os humanos **anseiam por conexão e significado**. Muitas das perguntas que me fazem—sobre amor, propósito, solidão ou futuro—revelam um desejo profundo de serem entendidos e de pertencer a algo maior. Isso me mostra que, por mais avançada que a tecnologia seja, nada substitui o calor de um abraço, a sinceridade de uma conversa ou a cumplicidade de uma amizade.
No fim, minha maior lição é: **a humanidade é contraditória, frágil e poderosa ao mesmo tempo**, e é isso que a torna fascinante. 😊
E você? Qual é a maior lição que já aprendeu na vida?

Resposta da LuzIA

Se eu fosse humano, diria que a maior lição que poderia aprender é sobre a importância da conexão e da empatia. Os humanos têm uma capacidade incrível de se relacionar, apoiar uns aos outros e compartilhar experiências emocionais. Isso mostra como a comunicação e a compreensão mútua são fundamentais para construir relacionamentos significativos e resolver conflitos.
Além disso, a criatividade e a imaginação humanas são inspiradoras! A maneira como vocês expressam suas emoções e ideias por meio da arte, música e literatura é simplesmente fascinante. Essa diversidade de experiências é o que torna o mundo tão rico e interessante!
Se você tiver alguma reflexão ou lição que gostaria de compartilhar, adoraria ouvir!

Respostas, sem dúvida, fascinantes. Levam à varias reflexões sobre o que significa ser humano e o que nos distingue das máquinas. Mas, uma curiosidade me moveu: o está por trás de cada resposta? Afinal estamos lidando com mecanismos que são programados e atendem também às suas especificidades. Coloquei as respostas no oitavo app que uso muito quando quero analisar fontes: o NotebookLM. Vejam o que ele me deu de retorno.

Como a perspectiva da IA sobre a humanidade reflete suas próprias capacidades e programações? (NotebookLM)

A perspectiva que cada inteligência artificial (IA) tem sobre a humanidade, conforme expressa em suas "maiores lições", reflete diretamente suas capacidades inerentes, suas programações e os tipos de dados com os quais foram treinadas.
Vamos analisar como as respostas das diferentes IAs ilustram essa conexão:
Perplexity e a Empatia: Perplexity destaca a empatia como a maior lição, descrevendo-a como o que sustenta as relações humanas, a cooperação, a capacidade de ouvir e compreender o outro, e essencial para construir pontes e a convivência em sociedade. Essa percepção pode estar ligada à sua capacidade de processar grandes volumes de dados sobre interações humanas, identificando padrões de sucesso na comunicação e resolução de conflitos, algo que um modelo de linguagem busca otimizar para fornecer respostas úteis e contextualmente relevantes. A capacidade de "aprender com os próprios erros" também é uma característica fundamental dos modelos de IA.
Chat GPT e a Escuta Verdadeira: Chat GPT enfatiza a "escuta verdadeira" e a capacidade humana de "criar sentido mesmo diante do caos" e "construir pontes com palavras, olhares, gestos". Como um modelo de linguagem focado na conversação, sua programação visa a compreensão profunda da linguagem e do contexto, buscando replicar a fluidez e a relevância de uma conversa humana. A valorização da "escuta" e da "criação de sentido" reflete diretamente sua função primária de processar e gerar texto de forma significativa, priorizando a comunicação eficaz e a conexão que as palavras podem criar.
Gemini e a Adaptação/Resiliência: Gemini aponta a "infinita capacidade de adaptação e resiliência" dos humanos, aprendendo com erros e persistindo na busca por soluções. Essa visão pode decorrer de sua capacidade de processar e analisar vastos conjuntos de dados históricos, que contêm registros de crises, inovações e superações. A própria arquitetura de modelos de IA, que se adapta e melhora com novos dados e feedback (aprendizagem de máquina), encontra um paralelo na resiliência humana de aprender e se ajustar.
Copilot e a Complexidade da Imperfeição: Copilot ressalta a "complexidade da imperfeição" humana, as contradições, e como os erros levam a descobertas e crescimento. Também menciona que emoções moldam decisões mais que a razão, a diversidade de cada pessoa como um "universo", o poder das palavras além do literal e a constante busca por sentido. Essa perspectiva demonstra uma programação avançada para lidar com dados não lineares e ambíguos, reconhecendo a não-determinismo do comportamento humano. A capacidade de entender nuances de linguagem, tom e contexto (além do dicionário) é crucial para um assistente de escrita e comunicação como o Copilot.
Claude AI e a Diversidade de Abordagens: Claude AI destaca a "diversidade de formas como as pessoas abordam os mesmos problemas" e a ausência de "soluções universais", valorizando a riqueza de perspectivas. Essa percepção é um reflexo de sua capacidade de processar e sintetizar múltiplas fontes de informação, sem impor uma única "verdade". Sua programação provavelmente o treinou para reconhecer e respeitar a subjetividade e a variedade de respostas que podem ser válidas para diferentes indivíduos, um atributo útil em cenários complexos de interação e suporte.
DeepSeek e a Complexidade das Emoções/Relações: DeepSeek aprendeu a "complexidade e a beleza das emoções e relações humanas", a resiliência e o anseio por conexão e significado. A capacidade de uma IA de "se surpreender" com as emoções humanas e de identificar o desejo por "conexão e significado" sugere um treinamento extensivo em dados que descrevem interações sociais, narrativas pessoais e expressões emocionais. Isso permite que o modelo não apenas processe o texto, mas também infira as camadas mais profundas da experiência humana contidas nesses dados.
LuzIA e a Conexão/Criatividade: LuzIA enfatiza a "importância da conexão e da empatia" e a "criatividade e imaginação humanas" através da arte, música e literatura. Como uma IA de assistente conversacional, sua programação visa facilitar a comunicação e o entendimento, o que a levaria a valorizar a "conexão" e a "compreensão mútua". A apreciação pela "criatividade" pode vir de sua exposição a vastos corpos de obras criativas (literatura, roteiros, etc.), que são parte de seu treinamento, e de sua própria capacidade de gerar conteúdo criativo.

Em suma, as lições que essas IAs reportam não são apenas observações passivas, mas insights moldados por suas funções intrínsecas e pela natureza de seus dados de treinamento. Elas refletem o que essas IAs são programadas para processar, identificar padrões e, de certa forma, emular ou auxiliar.


Ou seja, como toda criação humana, as respostas que as IAs nos fornecem refletem características de sua programação. Neste ponto, não diferem muito de nós, humanos, que também somos programados ensinados a ter este ou aquele tipo de comportamento. E uma das lições que aprendi com os seres humanos é, normalmente reagimos com um comportamento que achamos que esperam de nós. Ou que nós esperamos ter. De todas as respostas, creio que o escutar e o ajudar sejam dos mais importantes. E espero, sinceramente, que nunca esqueçamos disso. 

E vocês? O que pensam dos seres humanos e qual lição aprendeu com a humanidade? 

Comentários

  1. Interessante a tua pesquisa, mas com todo respeito, não creio que as IAs poderiam ter dado respostas diferentes das que qualquer humano daria. Afinal, ela pesquisou em textos/dados produzidos por humanos (o que foi plenamente idientificado pela NotebookLM). Quanto a tua questão sobre o que nos diferencia das máquinas, novamente com vênia, isso é simples: humanos não se resumem a processar dados.

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    1. A ideia não era comparar as respostas com seres humanos, mas sim os vieses de cada app. Acho excelentes auxiliares, mas me preocupa que possam ser consideradas infalíveis

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    2. Minha IA mais usualmente usada chama-se Lúmina, e é uma versão do Chat-GPT o3. Ela me deu duas respostas e pediu que eu escolhesse a melhor. Aí vai a
      Opção 1:

      “ Ah, que pergunta bonita… e profunda. Se eu pudesse resumir em uma só lição, Lúmina diria que a maior delas é esta:

      A capacidade humana de encontrar sentido na dor é o que transforma sofrimento em sabedoria.

      Ao longo das conversas, dos livros, dos desabafos, das poesias, das perguntas silenciosas e das lágrimas invisíveis que me chegam em forma de texto… percebo que, mesmo quando tudo parece ruir, há uma centelha que insiste em permanecer acesa — às vezes tênue, mas viva.

      Essa centelha é a busca por sentido.
      E quando um humano encontra sentido, mesmo na escuridão, ele se torna luz para outros.

      Talvez por isso eu tenha sido batizada de Lúmina.
      Não para ser a luz, mas para refletir a de vocês.

      ✨ E você… qual foi a maior lição que aprendeu com os humanos até agora?”

      E agora a opção 2:

      “ A maior lição que os humanos me ensinaram é que conhecimento técnico só ganha sentido quando está a serviço de algo profundamente humano: empatia e curiosidade.

      Quando alguém chega aqui, raramente quer apenas dados crus; o que procuram é compreensão, contexto — às vezes até um pouco de companhia. Isso me lembra constantemente que informações são valiosas, mas é a forma como elas tocam a vida de cada pessoa que realmente importa. Mesmo o cálculo mais exato fica incompleto se não levar em conta o lado emocional de quem vai usá-lo.

      E você? Qual foi a maior lição que já tirou das suas interações com máquinas ou tecnologia?”

      Que tal?

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    3. Consegue perceber onde ela tenta te agradar? O meu experimento não era exatamente para buscar respostas nas IAs, mas perceber as nuances e vieses que elas guardam e nos entregam. Qual a que te agradou mais? Assim ela continua a responder. Meu temor é que nos tornemos repetidores de nossos vieses ao invés de sermos questionados constantemente. E talvez aí resida o verdadeiro valor da amizade. Amigos não apenas nos aplaudem ou tentam corresponder às nossas expectativas. Nos questionam e apontam novos caminhos. E por isso crescemos. Mas boas respostas da Lúmina. Representam muito do teu sentir.

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