A arte de arder sem queimar
Leio que Martha Medeiros vai ser a patrona da próxima Feira do Livro de Porto Alegre. De repente minha memória volta no tempo e me reencontro com a mulher de 29 anos que já fui. Aquela que já mantinha uma procura intensa pela vida e pela arte de escrever e ler. Foi nesta época que descobri Martha. Sorrio. Olho minha prateleira de livros e corro os volumes para encontrar seus primeiros livros. Quase esqueço que estão na parte da poesia, tão acostumada estou com as suas crônicas atuais. Poemas lidos em 1986. Um outra Martha no STRIP-TEASE que revelava uma poeta estreante que mostrava sua ousadia e bom humor neste seu jeito tão peculiar de escrever. E uma outra Elenara, aquela dos quase 30, se revela nos breves poemas que assinalei com todo o ímpeto de alma jovem. Hoje, relendo, achei este: “envelhecer, quem sabe não seja assim tão desastroso me interessa perder esta ansiedade me atrai ser atraente mais tarde um pouco mais de idade, que importa envelhecer, quem sabe não seja assim t...