Quem disse que velho não sabe lidar com o novo?

Imagem gerada em ChatGPT

"Tenho receio de desses bichos modernos" me diz um amigo, se referindo ao uso das IAs, como são popularmente chamadas as Inteligências Artificiais.  Outros ainda batem o pé e, embora se aventurem, gritam contra. Eu também critico bastante. Mas uso muito. Experimento várias, de várias maneiras. 

Sempre gostei de tecnologias e de novidades. Puxei ao meu pai que sempre dava um jeito de ter as últimas invenções. Tínhamos controle remoto na TV nos anos sessenta. Tudo bem que era ligado por um fio físico à TV, mas era motivo de disputa para quem manejava o bicho. Lembro que, naquela época, eu o ouvia, fascinada, dizer que um dia iriamos nos falar ao telefone nos vendo.  E lembro também da alegria dele quando, já depois dos 80 anos, o coloquei no computador para falar em uma live com o irmão que morava no interior.

Então tecnologia para mim é descoberta. É ferramenta de aprimoramento e rapidez. Nem consigo imaginar como fiz uma faculdade de arquitetura sem programas CAD. Varava noite graficando a mão pranchas enormes. Uma vez, um colega que fazia engenharia mecânica, me viu fazendo pontinhos de nanquim em uma representação de gramado (entendedores entenderão) e me saiu com uma frase lapidar:

- Tu não vai querer me dizer que isso é estudo!

Piadas a parte, tenho testado várias IAs no dia a dia. No celular tenho oito aplicativos delas. Do conhecido ChatGPT ao recém conhecido para mim, Claude. Passando pelo Perplexity que graças ao plano de celular, tenho o PRO. O resto é tudo grátis. Para o uso que faço deles é de bom tamanho.

Testei perguntas, cardápios para alguma situação específica. Testei imagens variadas. Principalmente para uso em redes sociais e postagens em blogs. Essa lá de cima foi gerada assim.

O grande segredo ou melhor dizendo, a maneira mais correta de interagir com essas "inteligências" artificiais, que são grandes e ágeis bancos de dados, é ser especifico e saber como pedir o que se quer. São os chamados prompts. 

Inserindo explicação gerada em uma IA (ChatGPT)

Um prompt é basicamente uma instrução ou comando que você dá para uma ferramenta de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT ou ferramentas de geração de imagens, para que ela realize uma tarefa. Pode ser uma pergunta, uma descrição ou um pedido, como "explique o que é um prompt" ou "desenhe uma casa moderna com janelas grandes e jardim".

Como funciona:

Pense no prompt como uma receita: se você der as instruções certas e detalhadas, é mais provável que o resultado seja exatamente o que você espera. Quanto mais claro e específico for o seu pedido, melhor será o resultado.

Como criar um bom prompt:

  1. Seja claro e específico
    Explique exatamente o que você quer, evitando termos vagos. Por exemplo:

    • Fraco: "Explique tecnologia."
    • Bom: "Explique como funciona a inteligência artificial em termos simples para uma criança."
  2. Use contexto quando necessário
    Dê informações extras que ajudem a IA a entender o que você precisa. Por exemplo:

    • "Explique a importância da sustentabilidade no design arquitetônico para iniciantes."
  3. Divida em etapas (se necessário)
    Se o pedido for complexo, organize-o em partes. Por exemplo:

    • "Crie um plano para a reforma de uma sala de estar pequena. Inclua cores, tipos de móveis e disposição."
  4. Teste e refine
    Às vezes, o primeiro prompt não gera o resultado desejado. Ajuste e reenvie com mais detalhes.

  5. Seja direto, mas criativo
    Em ferramentas de geração de imagens, por exemplo, inclua detalhes como cores, estilos ou temas:

    • "Uma casa futurista com paredes de vidro, cercada por um bosque, ao entardecer."

Exemplo prático:

Imagine que você quer gerar uma história sobre um idoso aventureiro.

  • Fraco: "Escreva uma história."
  • Bom: "Escreva uma história curta sobre um idoso de 70 anos que decide viajar sozinho para explorar florestas no Brasil. Mostre como ele supera desafios físicos e encontra um novo sentido para a vida."

Fim da primeira interação da IA

Entenderam o espírito da coisa? É preciso saber que estamos "conversando" com máquinas que detém o conhecimento humano. Elas em princípio não criam (ainda) e são poderosos auxiliares. Atualmente estou testando subir arquivos e checar se tem credibilidade para resumi-los. Como faço? Subo meus pdfs e analiso as respostas. Algumas aceitam este tipo de interação. Outras ainda não. Uma que gosto de usar é o NotebookLM. É bem interessante.  Já peguei alguns furos, especialmente com arquivos grandes. Mas com os de tamanho médio funciona bem. E eles até geram um podcast com duas pessoas falando sobre o tema. É surreal! Por enquanto apenas em inglês.

Dá para ter medo desse troço? Dá, né. Não se sabe onde vão parar. Ou que é real ou apenas um compilado de narrativas que foram jorradas na rede. O conhecimento, a leitura e a consciência crítica se tornam cada vez mais imprescindíveis.  

Feita essa advertência, vou colocar um auxilio que achei bem legal e gerei ontem no chatGPT.  

O Prompt: "Com base em nossas conversas, quais seriam os melhores hábitos para eu adotar nos próximos 30 dias?"

Inicio da resposta da IA

1. Expandir o Conhecimento em Idadismo

  • Hábito : Dedique 20 minutos diários para leitura ou pesquisa sobre iniciativas globais contra o idadismo.
  • Por quê? : Isso ajudará a fortalecer seu conteúdo e trazer insights inovadores para o perfil que você administra.

2. Alimentar sua Criatividade na Arquitetura

  • Hábito : Explore referências visuais em plataformas como Pinterest ou ArchDaily três vezes por semana. Foque em projetos inclusivos e adaptáveis ​​para idosos.
  • Por quê? : Como arquiteta e especialista em idadismo, isso conecta suas paixões e oferece ideias práticas.

3. Praticar Storytelling

  • Hábito : Escreva uma pequena narrativa ou reflexões diárias que possam se transformar em postagens ou carrosséis para Instagram.
  • Por quê? : Refinar sua habilidade de contar histórias envolventes é essencial para sua especialização em comunicação digital.

4. Estimular Conexões Literárias e Filosóficas

  • Hábito : Leia ou ouça trechos de livros filosóficos ou de literatura que tratam do envelhecimento, identidade ou memória por 15 minutos antes de dormir.
  • Por quê? : Isso alimenta suas reflexões e pode inspirar novos ângulos para seu trabalho.

5. Fortalecer a Presença Digital

  • Hábito : Reserve 10 minutos diários para interagir com outros perfis que combatem o idadismo ou promovem a inclusão no Instagram.
  • Por quê? : Engajar-se com a comunidade fortalece sua rede e aumenta a relevância de seu perfil.

6. Autocuidado e Recarregar Energias

  • Hábito : Pratique uma atividade relaxante semanalmente, como caminhada, meditação ou um hobby criativo (desenho, fotografia).
  • Por quê? : Isso ajuda a equilibrar seu foco profissional com bem-estar pessoal.
Fim da resposta da IA

Parece meio obvio. E é. Mas confesso que ter uma roteiro com boas dicas de bons hábitos é uma ferramenta que auxilia muito no dia a dia.

E você? Como está lidando com essas novas realidades? Qual IA usa mais? Usa para o que? Ou ainda está com medo ou receio de lidar com elas?


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