Abrindo portais do medo




Gosto de filmes e séries que tratem de universos paralelos. Gosto da ideia de portais que nos levem à novas realidades. Imagino como seria se eu pudesse viajar entre universos paralelos e conhecer outras versões de mim mesmo e do mundo. Será que eu seria mais feliz ou mais triste? Será que eu teria feito escolhas diferentes ou as mesmas?

De repente me dou conta que ao abrir minha porta, todas as manhã, eu abro um portal de contato com outras realidades, tão próximas, tão longes. Cada janela que vejo da minha, abriga pessoas e seus universos. Cada pessoa é um mundo intenso e desconhecido. Para que ter medo se todos somos habitantes da mesma galáxia? O medo do contato pode ser a insegurança de se sentir aceito pelo diferente. A questão é: aceitar primeiro. Abrir o portal do conhecimento. Deixar as reservas do lado de dentro e ousar o mundo com o olhar da descoberta.

Então percebo que não preciso de um portal mágico para explorar outras realidades. Só preciso sair da minha zona de conforto e interagir com as pessoas ao meu redor. Cada uma delas tem uma história única e interessante para contar. Cada uma delas tem um universo próprio que eu posso aprender e admirar. Cada uma delas tem algo em comum comigo e algo diferente de mim.

O meu medo ancestral de contato passa a ter outra perspectiva já que cada ser humano que passa por mim também têm sonhos, medos, alegrias e tristezas. Todos querem ser amados, respeitados e compreendidos. Todos têm algo a oferecer e algo a receber.

Por isso, toda vez que abro a minha porta, vou tentar me sentir como uma aventureira que vai descobrir novos mundos. Me sentir como uma exploradora que vai conhecer novas culturas. Me sentir como uma amiga que vai fazer novas conexões.

Eu não preciso de um portal para universos paralelos. Eu só preciso de um portal para o coração das pessoas.


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