Escreva um mini conto em estilo sensual de Anais Nin sobre uma mulher madura que sofre de solidão e imagina um amor que a satisfaz fisicamente em outro universo paralelo Ela se sentia só, como se ninguém a compreendesse ou a desejasse. Seu marido era frio e distante, seus filhos crescidos e independentes, seus amigos superficiais e fúteis. Ela ansiava por algo mais, algo que a fizesse sentir viva e amada. À noite, ela sonhava com um homem que a abraçava com ternura e paixão, que a beijava com ardor e delicadeza, que a tocava com habilidade e carinho. Ele a fazia gemer e tremer, ele a levava ao êxtase e ao repouso. Ele a olhava nos olhos e dizia que a amava, que ela era sua alma gêmea, que eles estavam destinados a ficar juntos. Ela acordava com o coração acelerado e o corpo molhado, mas também com uma tristeza profunda. Ela sabia que ele não era real, que era apenas uma fantasia de sua mente solitária. Ela se perguntava se ele existia em algum lugar, em algum universo paralelo, onde el
Tenho asas refulgentes que quedam guardadas no baú do esquecimento. Nele guardo as memórias que, fugidias, se esgueiram no passado. E espiam de vereda em momentos quaisquer. Tenho olhos brilhantes, furta cores e furta sentidos. Olhos que enxergam o fundo da alma do passante. Guardo-os também para meu deleite. Tenho pernas que se esquivam e mãos que aconchegam quando querem. E nem sempre. Tenho medos catastróficos de perigos que me rodeiam. Ou que já não fazem sentido, mas ainda teimam em assustar. Tenho anseios brilhantes que miram o sol que derrete asas como pirilampo persegue a luz. Sem temer a queda nem o abismo. Tenho fomes ancestrais de fêmeas que as esconderam. Sublimaram. Queimadas em suas vontades de desejos e paixões. Tenho poros que liberam suores abundantes. Tenho vidas que represadas teimam em explodir em sonoras e quietas cachoeiras. Tenho ânsias de liberdade. Voos de águia que migra para novas paragens. Tenho dedos mal cuidados porque a aparência não me satisfaz, mas a es
Amanheço com ganas de poda. As plantas que olho durante a semana, já adivinhando que estão minguadas por falta de seiva vital, me parecem necessitadas daqueles cortes onde nada mais viceja. Enquanto as corto, sem dó nem piedade, embora falando internamente que me perdoem, que é para o bem delas, etc, etc, sinto que nós também necessitamos podas de quando em vez. Este nós de impessoalidade pode e deve ser trocado pelo eu da individualidade que aceita as escolhas vitais. Se eu mesma não me fizer os cortes necessários, a vida fará por mim. E talvez, tipo eu com as plantas, o faça sem muito critério. Eu mesma me conformando posso ser mais gentil. Falando em gentilezas gosto da definição do Gil no seu instagram. “Adepto da bondade radical”. Bondade radical. De raiz. Raiz tem que ser adubada para crescer forte. A bondade deve ser, portando, fomentada nas bases e também dirigida no crescimento. Ando em tempos de podar bondades e generosidade excessivas que até nelas há de se ter harmonia e d
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