Caio...gostava de ler o Caio em tempos infinitos, aqueles que eu me descobria e me sentia . Deixei de me sentir muito tempo depois. E comecei a sentir o Caio mais. Como te entendo. Também ando muito cansada de tudo. Com um mau humor daqueles de exaustão. Um humor que nenhum livro de auto ajuda resolve. Um humor de quem se sente exaurida, sumida, esgotada. Meio que um bagaço de laranja, dessas que são chupadas até a última gota e quando nada mais tem de sumo, se joga fora. Me esqueçam, eu grito. Um grito mudo que sai no corpo dolorido. Um grito sem voz que sai na tontura que não se explica. Um grito morto que sai no humor de cão, na sabotagem interna, no não ter mais energia de ser boa. Ser boa era legal, me fazia bem. Só o que eu precisava era de um tempo para mim. Um reabastecimento. Podiam ser as horas de sábado pela manhã, podia ser um livro que eu pudesse ler sem ninguém interromper. Um projeto para criar. Uma série de ficção. Um livro do Caio. Antes dos
Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. Fernando Pessoa Amar a vida porque é fugidia. Quando menos esperamos vem o destino, as escolhas, a Moira, seja lá o que acreditamos, cobrar seu preço e nos ceifar esperanças. Nossa vida tem dias contados. Não importa se amanhã ou daqui 50 anos. Um dia nossa hora chegará e nos encontraremos conosco. Não esqueço o suspiro do meu pai quando me despedi dele, foi como se reconhecesse que era hora enfim de parar de lutar. A luz que nos envolvia no momento me reconfortou. Espero com todas as forças que ele também a tenha sentido. Não sei o que pode nos consolar ao encontrar a porta da saída dessa nossa existência. Só quem passou por isso pode dizer, Nem todos voltaram. Uns dizem que enxergam um filme da vida. Outros uma imensa luz que traz paz. Há inúmeras explicações, tanto cientificas como esotéricas. Cada um de nós acredita na que melhor lhe explica. Ou reconforta. Esses dias escutei um áudio que
Uma vez, muito tempo atrás, alguém me disse ser como a Purpurina, música de Jerônimo Jardim que venceu o Festival Mpb Shell em 1981. Quem era dessa época lembra da Lucinha Lins cantando debaixo de uma vaia estrondosa porque o público gostava mais de outra canção. A letra não era feia não, ao contrário, falava de quereres. Se você pensa que vai me seduzir, Se você pensa que vai me arrepiar Pode ser, mas eu sou feito purpurina Se uma luz não ilumina Não há jeito de brilhar E é bem isso. De repente, não mais que de repente, um quê nos ilumina, nos acende, nos faz maiores e melhores e feito purpurina acabamos por brilhar. Às vezes esse brilho perdura, a gente vira lâmpada, vira planeta, adquira luz própria. Deixa de ser satélite e se sente amado. Mas também pode que o brilho seja efêmero. Que não perdure...e que a gente sinta que as luzes se apagam. Às vezes em pleno espetáculo. Se você só chega por chegar N enhuma lanterna no olhar Nosso show n
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