Mudando a folhinha e recomeçando

Era dia um do ano.

Não deixava de pensar no velho clichê do livro em branco. Ou tela se quiserem ser mais modernos. Tudo a se fazer nessa magia dos simbolismos que nos dão novas chances.

As velhas dores, os erros de ontem ficam guardados nas gavetas do escaninho. Memórias do que não se deve repetir. Rotulados. E esquecidos que estamos cansados de saber que vamos repetir sim. Vamos errar muito. Vamos sofrer de novo. E de novo. E mais uma vez. Como que para provar a nós mesmos que somos seres de carne/osso/lágrimas.

Mas também vamos acertar. Trouxemos na bagagem a lembrança dos momentos delirantes. Dos sorrisos gostosos. Das conquistas. Do tanto que fizemos e nos acrescentou. 

Sempre somos vitoriosos por chegar vivos. É como as maratonas. Tem os que correm para ganhar, uma minoria. Tem os que correm por correr. Todos vencedores por chegar na reta final. Uns mais inteiros. Outros mais "esgualepados".

Talvez mais sábios fiquemos por saber que nada é para sempre. Nem a dor, nem o amor (este é sim! teimamos em tentar. E tentar. E acertar)

Trazemos junto nosso kit de sobrevivência. Uma música que levanta. Poesia para os dias cinzentos. Os amigos para compartir. O beijo na boca mais intenso para, ora, nos reabastecer.

Faremos milagres no novo ano então. Nem que seja mais uma vez sobreviver com ternura e esperança.


Comentários

  1. Maravilha, Elenara! Tudo verdade. E Alice Ruiz para completar com nota 10! Obrigada, Feliz 2018 para nós!!!

    ResponderExcluir
  2. Alice Ruiz é sempre maravilhosa! Um lindo 2018 para todos nós! Beijos Cristina!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

amantes eternos (divagações com a IA)

Das podas necessárias

Dos meus pertences