Minha culpa, minha máxima culpa


Culpa! Eta sentimento mesquinho e irritante que me pega de cheio. 

Confesso. Não sei lidar com elegância com ele. Quando menos espero ele apaga minha luz, empana o meu brilho, me faz diminuir de tamanho e me sentir um inseto.

Tudo bem, já li dezenas de livros, inclusive os de auto ajuda. Já fiz terapia. Me conheço. Mas entre a teoria e a prática, a culpa me vence. De goleada.

Talvez ajude conversar a respeito. Deixar que a conversa de dentro se torne leitura de fora. 

Tentar enxergar com olhos de outra pessoa e me dar os conselhos de praxe: se tu não teve intenção, não tem porque ter culpa. 

Sim, sim, eu faço isso. Mas e a sensação de ser inseto? O que faço com ela? E a minha luz, quem acende de novo, em pouco tempo? 

Talvez se eu tomasse um santo Rivotril ou similar, a culpa me deixasse de lado. Mas a causa que a gerou, e essa eu conheço bem, continuaria ali. Tenho culpa quando digo não. Tenho não. Sinto culpa.
Sinto culpa quando me imponho. Sinto culpa quando imagino magoar alguém. 

Deve ser meu lado Madre Teresa de Calcutá. 

Maldita culpa. Santa mente. 

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