Habitar o tempo de outra forma
A velha técnica pegar um livro ao acaso e abrir uma página. Ler a frase onde o olho cair.
O livro: Medo de Voar de Erica Jong
A frase: Era preciso pensar com amplidão de decênios, e não de anos.
Toda frase tirada do seu contexto, acaba por ter seu sentido alterado do original. De um personagem que ampliava sua expertise em algo para a zona cinzenta da filosofia.
Amplidão de decênios e não de anos. Isso traz uma dimensão de tempo completamente mais ampla e menos focada na estreiteza do foco no umbigo. E no imediato.
Pensar com olhar de cima para a vida e nossas ações nos leva para outra maneira de encarar a vida.
Pedi ao Chat GPT que continuasse porque meu cérebro cansado de vários textos e pelo calor reinante, precisava de inspiração. Vejamos o que deu:
“Pensar com amplidão de decênios e não de anos é um convite a enxergar a vida como um fluxo mais extenso, onde os momentos individuais são apenas pontos em um tecido maior. Se nos prendemos ao imediato, ao ciclo curto das coisas, podemos perder a profundidade do que estamos construindo – em nós mesmos e no mundo ao redor.
A longevidade da perspectiva nos liberta da pressa e da angústia do agora. Nos lembra que somos parte de um movimento que começou antes de nós e seguirá adiante. Se aplicarmos esse olhar ao envelhecimento, por exemplo, ele deixa de ser um percurso individual e se torna um fenômeno coletivo, tecido por gerações e histórias entrelaçadas.
Talvez, então, não seja apenas uma questão de pensar no longo prazo, mas de habitar o tempo de outra forma – não como uma sucessão de urgências, mas como um campo aberto onde passado, presente e futuro dialogam. Algo que se reflete tanto na forma como vivemos quanto nas escolhas que fazemos.”
Habitar o tempo de outra forma. Gostei disso. Obrigada IA
Habitar faz parte da minha expertise de vida. Vivo de promover o habitar funcional e melhor para muitas pessoas. Habitar o tempo tem uma lógica que me encanta. Morar nas horas e seu significado. Planejar com afinco e afeto os momentos todos que formam meu arcabouço de habitação eterna.
Eterna? Perdão, ato falho de um querer humano de perpetuar uma vida que é finita. Horas, anos, decênios me conformam como pessoas que viveu e cresceu de uma maneira que reflete minhas escolhas. Olhar a eu de ontem, de décadas atrás, me mostra que fui me construindo com um planejamento meio orgânico. Cresci como planta que se move para onde a luz está. Me olhar por inteiro e com essa dimensão de cima, me dá uma consistência maior em termos de amor próprio. Nem sempre fui o que poderia ter sido. Mas lição aprendida.
Olharei com mais firmeza meu tempo de agora. Os agora formarão a teia que me fará pensar sem medo de voar.
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