Palavras ao vento




Granito pedra carregada de longas conversas mal desfeitas

Julgo

Embora nasça a cada dia, 
ainda sou alma velha das mágoas da infância

Mereço

Guardo em minha alma as palavras/tantas; 
mal ditas

Renovo a cada momento um olhar ferido e caústico sobre o mundo

e as feridas

Lambidas

Amargas como o grito contido


Navego águas turbulentas e represadas

Guardo malas de memórias que já não são minhas

Sou repositório de olhares femininos que percorreram mundos

Nasço

Com vivendo com fomes ancestrais

Urro porque fera

Fecho os olhos porque domesticada

Cassandra de palavras moucas

Percorro minha sina de solitária marcha

Um dia te percorro

No outro te deliro

Em ambos me procuro

Um dia me/te acho

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