Eterna equilibrista entre o real e a magia
Mulher intensa
Não sou
Não tenho este ímpeto de loucuras
Sou das planícies
do pé no chão
Não me fascinam voos perigosos
Não me fascinam voos perigosos
nem os adrenaliticos acenos
da vida que passa urgente e ligeira
dos atropelos dos dias de chuva
equilibrista entre Bethania e o transito
cavalgando nas paixões de ontem,
de hoje,
de sempre
entre uma buzina e uma granola
assobiando cabelos grisalhos
com a ventania das fomes
e a calmaria das dores de um joelho
que teima em lembrar dos cartórios
Pise no meu coração, grita a música
A mulher não intensa que sou
sorri e concorda em termos metafóricos
ciente que a realidade convive com gentilezas
e sutilezas apenas
Fome real saciada,
restam as ânsias de magia de todo dia
adormecidas na poesia de uma sexta gris
Monótona e cheia de promessas
Entre o café e o vinho
Fico com os dois
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