O que o corpo sente, o corpo atrai

imagem gerada no leonardo.ai


Acordo e as engrenagens complexas de meu corpo/mente agem para me mostrar que seis décadas e meia de uso acabam por se fazer notar. No desgaste físico. E principalmente na intricada e sutil calibragem das emoções. Li em algum lugar que quando estamos mais melancólicos, nosso corpo libera hormônios que nos fazem sentir mal e nos tornam menos atraentes. Hoje isso era pura verdade.

Obvio que não sou mais aquela adolescente chorosa que derramava malmequeres em cadernos enfeitados de recortes de revistas. E muito menos a adulta que se fechava em copas quando de uma palavra mal dita. Mas, ai de mim, elas ainda me conformam e convivem comigo. E fazem ainda as suas bagunças.

“O que muitas pessoas não sabem é que o que nosso corpo sente pode afetar o que nosso corpo atrai. Quando estamos felizes e confiantes, nosso corpo emite sinais que atraem outras pessoas. Quando estamos tristes e inseguros, nosso corpo emite sinais que repelem outras pessoas.”

Que facilidade para uma resposta ditada por uma máquina. Tipo simples assim: seja feliz e confiante que a vida lhe sorrirá. Felizes, os hormônios internos nos fazem sentir bem. O x da questão, e não me refiro àquela rede que deixou de voar, mas às complexidades humanas que vão além das respostas obvias é que ninguém escolhe não se sentir bem.

As escolhas da vida são complexas e passam longe da obviedade ditada por fórmulas mágicas que tanto enriquecem coachs pela vida moderna. As famosas dicas de bem-estar que focam em:

Passe tempo com pessoas que te fazem feliz.
Faça coisas que te dão prazer.
Cuide de si mesmo física e emocionalmente.
Tenha um senso de propósito na vida.
Seja grato pelas coisas boas da sua vida.

Fazem sentido quando estamos bem. Mas não significam que as possamos fazer quando estamos realmente com aquela energia baixa que nos faz sentir péssimos constantemente.

O como ligar o botão da reação que nos aproxima do bemmequer interno e salvador, algumas vezes passa por ajudas bem mais profundas e reparadoras. Nem sempre simples. Nem sempre rápidas.

Acredito na força da atração. Acredito na frequência vibratória que nos aproxima da grandeza do universo. Hoje li uma frase enquanto caminhava que dizia:

o universo é um banhado de infinitas possibilidades

Estava estampada em várias camisetas. É uma banquinha que vende este tipo de mercadoria. Ontem o recado era: Nasci para ser zen. Escrito em inglês que sempre fica mais chique. 

Gostei das duas mensagens. Senti que faziam sentido para mim. De certa maneira, eram momentos em que a minha vibração as captou como especiais.

Este olhar e sentir o mundo nos faz especiais. Minha pele arrepiada ao sair de mangas curtas em uma manhã de 13 graus, sabendo que era uma experiência de momento e não uma contingência da vida, me fizeram sentir o momento como algo especial e único. O acordar entre cansada e triste, uma carência que sinto desde sempre, quebrada pela surpresa de um presente de afeto, na manhã de domingo, me fizeram acender um lado de prazer e reconhecimento que colocaram pétalas de amor na minha flor a ser despetalada.

Sento na tarde calorosa de um inverno atípico e, sem inspiração, peço ao Bard (a IA do Google) que comece uma frase baseado no título acima. Ele escreve não apenas uma frase inicial, mas todo um conselho de vida. Que olho e acho nhémm, meio autoajuda, embora concorde em tese. O problema é que a vida não é teoria, mas prática. E prática sem manual de instrução, quando muito com a experiência de alguns mestres e mestras que o universo nos apresenta. Ou que a nossa energia atrai.

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