Ando meio desligada
Mais reuniões. Decisões. Nestas horas não posso estar desligada. E não estou. Sou focada no trabalho. Sou navegante na vida.
Tento escrever. Amadurecer em qualquer época da vida nunca é um processo fácil. Amadurecer encarando a finitude de quem me cerca e a minha é particularmente difícil. Mexe nas entranhas. Abala os alicerces. Aprendi que nas horas em que a vida e a resolução dela não depende apenas dos nossos esforços, é mais sábio viver um minuto de cada vez. Era momento de cada vez. Mas o ato falho talvez explique melhor a velocidade exigida para viver o presente. Há urgência. E ao mesmo tempo há plenitude. Há carência e ao mesmo tempo, imensidão. Há que encarar a roda da vida. Ao mesmo tempo que a vivo. E a faço girar. Mesmo com as engrenagens rangendo e carecendo de manutenção. Diária.
Como não ficar desligada? É defesa e mistério. É se deixar pousar nas nuvens do esquecimento e do cuidado com as emoções. Quando estas são tão intensas, há que vivê-las com parcimônia para não ser engolida pela voragem.
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