Acendedora de almas

 

Imagem gerada no Leonardo.ai

Tinha uma sensibilidade extremada com situações de vida que envolvessem sentimentos, escolhas e mortes. Por mortes entenda-se a finitude. Seja a física, mental ou espiritual. Sua alma cansada vivia entre o pragmatismo sobrevivente e a loucura bailarina. Este frágil equilíbrio a tornava permeável aos sofrimentos e aos pensamentos alheios. Uma leitura mais atenta a um drama de alguém a fazia sentir agulhadas em seu próprio sentir. Urgente mudar essa empatia atroz em um mundo onde ela rareava a cada dia. Se pudesse engarrafar e vender, como essência, para quem dela se afastara. Ou quem nunca tivera intimidade. Podia organizar um curso, algo tão em voga. Mas como ensinar a sentir quem não detinha tal habilidade? Por mais teoria que pudesse entulhar a mente de alguém, era bem diferente de acender almas.

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