Os descartáveis da pandemia
Desculpem a falta de abraços
Os dias eram assim
As mortes se sucediam
Muitos riam
Andavam impunes
Como se
Nada lhes tocasse
Talvez fosse fuga
Que viesse logo
Que o descarte
O pouco caso
Os e daí da vida
Tornavam tudo sem sentido
São dois pra lá
Nós pra cá
Equilibristas entre notinhas de repúdio
E a vida real dos que teimam em sobreviver
Numa esperança fugidia
De um amanhã
Cada dia mais longe de nós
Os descartáveis
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