Patética
Patética.
Quem nunca?
Nada dá certo. Pior que isso, não dá vontade nem de tentar. Muito patético.
Qualquer migalha vira montanha. E nem TPM a gente tem mais para servir de desculpa. A criatividade míngua. A fome aumenta. (Parece que são interligados - estômago e mente se unem e desunem em total sintonia esquisita que aumentam e diminuem de acordo com a circunstância.)
Uma vez eu imaginava que havia em mim um botão de liga e desliga. Era antes de existir essa coisa de bipolar. Era coisa de adolescente.
Mas vamos convir que já deixei o aborrecido período teen há várias décadas atrás.
O me sentir tão patética de hoje tem mais a ver com uma desesperança de agir. De sentir que o meu pensar e sentir se tornou tão absoleto. Que o que saí de mim é irrelevante.
Eu me perdi de mim.
Obvio. Não sou burra e já me conheço de longa data. Já fiz terapias de autoconhecimento, gestalts, biodanças, li livros de auto ajuda. Fiz grupo, individual. Sei todas as receitas que possam me dar. E que agradeço pelo carinho.
Mas eu me perdi de mim.
E quando me perco, não há braço que sirva para me tirar do redemoinho. Eu fico no meu "patético período de desligamento". Minha energia se esvai feito espuminha no ralo. E eu fico expectadora.
Cheia de expectativas.
Não sei se são ovo ou galinha. As expectativas atrasam a vida de gente. E nesses períodos de patética sensação, elas assomam de uma maneira atroz.
Talvez seja tudo uma questão de auto estima e a minha esteja baixa. Na verdade a necessidade de respaldo externo para contrapor à insegurança interna.
As respostas estão na ponta da língua. Engolir e digerir talvez façam o botão ligar a luz interna. Vá lá se saber.
(junho - mês complicado e sem inspiração. Escrevendo a base de boleros para ver se alguma parte de mim reage, nem que seja por sentimentalismo barato e essa apatia medonha vá embora)
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