vi amor nas nuvens
Acordei cansaços como sempre sói acontecer em dias quentes. O verão me cansa em sua vivacidade e falta de vergonhas em se expandir. Somos suores, cabelos molhados, bufadas e desejos de água. Muita água.
Acordei melaços de saudades ímpares. Medos confusos. Ansiedades prementes.
Acordei velha e cheia de rugas, misturadas ao frescor de poder enfim enfrentar o mundo de peito aberto e cara lavada.
E vi amor nas nuvens.
O amor que tanto se escondia nos medos bobos da guria que se escondia em rimas pobres e receios absurdos.
O amor que enfim não dependia de mais nada porque vicejava de dentro.
Me descobria.
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Em tempos de apocalipses anunciadas e retrocessos cambiantes, busco na essência o que a inteligência artificial não pode me dar: minha humanidade. Meu olhar curioso sobre um mundo mutante. Vivo em busca de quimeras. Reino em pradarias verdejantes e inexistentes em um tempo real. Ansiando por respostas que talvez nunca venham porque a indagação move passos.
Busco no antes instantes de verdades que fechem quebra cabeças ancestrais. A vida que gira. O sentido do estar aqui. Onde me encaixo neste quebra cabeças louco que sempre tem peças faltantes.
Olho nuvens. Mudanças que o vento faz miragens.
Olho e vejo amor.
E me basta por breves instantes.
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