60 fatos de minha vida que você nem imagina (III)

" ....por mais profunda e duradoura que seja uma amizade, numa conversa nunca nos entregamos tão completamente como o fazemos diante de uma página em branco, dirigindo-nos a um destinatário desconhecido” Houellebecq, Michel. “Submissão.” 


Páginas em branco sempre me foram mais amistosas que pessoas. Mais amigas.  Mais fáceis de mergulhar. Palavras sempre foram companheiras. Tipo amuleto que se apega em tempos obscuros e bálsamo para dias cinzentos.

31 - Sempre gostei de ter diários. Nunca foram secretos. Nunca escondi o que escrevia, mas senti muito quando alguém muito próximo o leu para amigos comuns. Eu tinha 14 anos. Não senti pelo que escrevi exposto, embora fossem bobagens, mas pela traição de expor coisas que não lhe pertenciam. 
32 - Acho que comecei a fazer blogs como se fossem diários. Não tinha a pretensão de que fossem um ganho financeiro (que aliás nunca foram). Por isso também não registrei o nome do meu blog que uso desde 2004. Óbvio que alguém fez isso muito tempo depois. 
33 - Quando leio gosto de sublinhar e escrever nas páginas. Um dos motivos de gostar mais de livros impressos. Isso e a mania de colocar coisas lá dentro: recortes de jornais, panfletos, folders...muitos de meus livros viram memórias do tempo que se foi.
34 - Comecei a usar a internet na época em que fiz mestrado. Era discada e muito cara. Ainda era século passado, coisa do final dos anos 90. Desde então sigo uma máxima: tudo o que posto é aberto (com exceção de fotos de crianças que procuro resguardar). Tudo o que não quero que seja visto por todos, não posto. Simples assim. Não existe privacidade na internet.
35 - Através do mundo virtual conheci pessoas maravilhosas. Grandes amigos e amigas que muito me acrescentam. A internet é como a vida real, a gente atraí o que procura.
36- Não tenho muitas vaidades. Cuido do meu cabelo com regularidade. Mas não uso maquiagem, apenas um rímel e batom. Não curto muito manicurar pés e mãos. E esqueço de passar cremes para rejuvenescer...
37 - Tenho roupas e sapatos com mais de 20 anos. E eles me confirmam a máxima de que o preço de algo é sempre uma relação custo beneficio. Algo baratinho que uso pouco é mais caro que algo dispendioso que uso por muitos anos. E se me fizer feliz vale cada centavo que gastei. Em dobro! 
38 - Se eu pudesse escolher um dom seria de ter um vozeirão para ser uma cantora de protesto: tipo uma Mercedes Sosa. Só pelo prazer de levantar uma multidão com a minha música. 
39 - Não canto em público. Nem em karaokê....mas canto no banheiro. E caminhando na rua. E já fiz um encontro de musicoterapia.
40 - Já fiz terapia de grupo e Biodança.  E nesta última soube que tenho um caminhar animal. Por causa dele tive que dar uma volta na sala, tipo desfile, para mostrar aos colegas como se faz. Não tive vergonha. 
41 - Vivo até sem celular, mas nunca sem rádio. 
42 - Entrei para a faculdade com 17 anos, após pular dois anos da formação normal. E perdi esses anos quando me transferi de faculdade. Na vida, o tempo é relativo. O que importa é o que se aprende.
43 - Não me lembro de ter terminado um ciclo de estudos em uma mesma cidade. Ou em um mesmo colégio. Me tornei uma nômade não por opção, mas por circunstâncias de vida familiar.
44 - Sempre me emociono em formaturas. Mesmo que nem conheça a pessoa. Sempre lembro da trajetória e das batalhas que se trava para chegar ao fim. 

Pinceladas de minha alma. Flashes de minha vida. Lembranças que me ficaram. Se foi assim ou assado já nem importa. "O importante é que emoções eu vivi" 

PS: Fui a um show do Roberto Carlos. Presente de um namorado italiano legítimo que, entre outras coisas, queria me dar a lua com a sinceridade dos piscianos. Uma das pessoas mais certas que me chegou no momento mais errado. Não era para ser. Mas o show me lembro até hoje....

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

amantes eternos (divagações com a IA)

Dos meus pertences

Das podas necessárias