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Mostrando postagens de julho, 2016

Volto porque sou otária

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Acordou com uma cosquinha, dessas que batem em dias ruins. Uma tristeza que se escondia em forma de mau humor. Mal humor dizem alguns, como se existisse Bem humor. Enfim, esses errinhos da língua mãe a faziam ainda mais irritada. Como se não cansasse de cometer os seus próprios erros. inclusive gramaticais.  Antes fossem só esses... Alguma coisa não batia bem. Saiu murros e facas pela vida. Vontade de soltar indiretas nas redes sociais, bem sabendo que quem devia ler jamais o faria.  E que coisa mais besta falar por entrelinhas e não diretamente nos olhos. Se uma coisa aprendeu na terapia é que mais vale dizer o que se quer dizer, para quem se quer dizer, no momento que se quer dizer a tal coisa do que ficar numa masturbação mental, espremendo a raiva e chutando quem nada tem a ver com isso.  Mas.... E sempre tem um mas na questão, o alvo da aparente raiva não seja quem ela pensa que é e sim um algo dentro dela. Um quê para ser trabalhado. Não. A palavra certa é e

Escolhas são apenas escolhas

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tem disso na vida. Aqueles dias em que tudo parece desacontecer. A mão pára no ar, o ventre desaloja o feto, a magia se apaga e a luz teima em piscar. Um átimo. Um momento sem importância e pronto. Acabou. tá, nesses dias de minúsculas andejantes, melhor se entorpecer com esse lado Medeia de ser e não tomar decisões drásticas. Nem pense em mudar o cabelo, muito menos deixar um emprego. E nem dar o fora naquele cara que faz teu coração bater. Nem que ele seja causa/efeito de todo um sinkhole tsunamico em sua vida.  Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Fernando Pessoa talv ez melhor respirar meio fundo. Tomar outro gole de vinho que ajuda a clarear as ideias. Um tarô online também serve. na falta dele, um livro aberto ao acaso, qualquer método que te coloque em contato com a sabedoria interior. Quem? Sabedoria? Nesse momento parece tudo, menos sábia sua alma que grita escolhas pra que te quero! de

Quase nos 60 - a trajetória

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De repente, não mais que de repente, os anos passaram. A menina que sonhava quimeras se vê presa em um corpo que sim, reconhece como o seu, afinal foi o que ela construiu, mas que os outros olham como se fosse de uma outra diferente. Uma outra bem mais velha que ela, menina que ainda mora por ali. A trajetória não foi pequena, afinal são quase 60 anos de vida. Mas falando francamente não me parece assim. Parece ter sido tão rápido.  O maior trauma com a idade foi aos 30. A sensação interna de que dez anos antes, eu tinha 20 e um mundo de possibilidades pela frente. E dez anos depois teria 40 e um mundo de maiores responsabilidades. E não apenas isso. Um mundo mais focado e por isso mais estreito.  E por mais que saiba que isso são convenções e que nada me impede de tentar coisas novas em qualquer idade, vou ser bem franca com vocês: a energia de ousar esbarra em alguma falta de vontade, alguma dor do corpo, alguma seletividade que não me acometia aos 20. Nunca fui um