Pequeno conto dos dias frios


Mal muda o tempo e o termômetro faz aquela queda vertiginosa que imediatamente tem duas consequências: ponta do nariz envermelha e pés parecem pedras de gelo. Coisas que só voltam ao normal nos meados de setembro.

A mente divaga ligeira e corre aquela vontade meio pornográfica de buscar alguém que aqueça o corpo. Se der, a alma também. Mas correspondendo a primeira expectativa já serve no inverno. Estação em que as exigências, algumas pelo menos, diminuem.

Pensa em colocar um anúncio por aí: 

Procura-se quentão. Coxudo, nunca coxinha. Senso de humor é fundamental. Voz sedutora também. Pegador e apreciador de vinho. Inteligente, pelo menos para um papo cabeça básico. Requisito mínimos para uma sedução inicial. Nada muito complicado.
Não, não pensem que é apenas visando sexo. Até pode rolar que nada tenho contra, muito antes pelo contrário. Pode ser uma boa amizade, dessas de dar risada e ficar em silêncio junto. E esquentar o pé, lógico. Pensando bem, uma boa conversa acende a alma e a gente até é capaz de se esquentar inteira.

Inverno é foda, cara.

Dá cada ideia e nem se tem a desculpa dos hormônios do verão.

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